Notícia
ONU sustenta que podem ter sido cometidos "crimes contra a humanidade" na Venezuela
O alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos humanos, Zeid Ra'ad al Hussein, afirmou hoje que podem ter sido cometidos "crimes contra a humanidade" na Venezuela, no âmbito dos protestos anti-governamentais, e pediu a abertura de uma investigação internacional.
11 de Setembro de 2017 às 11:12
"A minha investigação sugere a possibilidade de se terem cometido crimes contra a humanidade, algo que apenas pode ser confirmado por uma investigação penal posterior", afirmou o diplomata jordano, no seu discurso de abertura da 36.ª sessão do Conselho de Direitos Humanos.
Zeid al Hussein afirmou que apoia a criação de uma Comissão Nacional de Verdade e Reconciliação e defendeu que o modelo vigente na Venezuela "é desadequado" e deve ser revisto com o apoio da comunidade internacional.
O responsável pediu ainda ao Conselho de Direitos Humanos da ONU que realize uma "investigação internacional".
O alto-comissário referiu que "há um perigo real" de que as tensões no país se intensifiquem mais com o Governo a "atacar as instituições democráticas e vozes críticas, incluindo através de processos penais contra líderes da oposição e recurso a detenções arbitrárias, o uso excessivo da força e maus-tratos a detidos, que em alguns casos equivalem a tortura".
Zeid al Hussein recordou a Caracas que a Venezuela é um membro do Conselho de Direitos Humanos e que, como tal, "tem um dever particular na hora de salvaguardar os níveis mais elevados na promoção e protecção dos direitos humanos".
O diplomata jordano fez estas observações pouco antes da intervenção do chefe da diplomacia venezuelana, Jorge Arreaza, na sessão do Conselho de Direitos Humanos e poucas semanas depois da divulgação pela agência que lidera de um relatório sobre as violações dos direitos humanos cometidas no âmbito dos protestos anti-governamentais entre 01 de Abril e 31 de Julho por parte das forças de segurança e das unidades militarizadas.
O relatório fala do uso excessivo da força, possíveis execuções extrajudiciais, maus-tratos e tortura, detenções arbitrárias, buscas ilegais e violentas em casas particulares, julgamentos militares contra civis, ataques a jornalistas e ataques e restrições a opositores.
Os protestos contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro provocaram pelo menos 125 mortos desde Abril, de acordo com o Ministério Público venezuelano.
Zeid al Hussein afirmou que apoia a criação de uma Comissão Nacional de Verdade e Reconciliação e defendeu que o modelo vigente na Venezuela "é desadequado" e deve ser revisto com o apoio da comunidade internacional.
O alto-comissário referiu que "há um perigo real" de que as tensões no país se intensifiquem mais com o Governo a "atacar as instituições democráticas e vozes críticas, incluindo através de processos penais contra líderes da oposição e recurso a detenções arbitrárias, o uso excessivo da força e maus-tratos a detidos, que em alguns casos equivalem a tortura".
Zeid al Hussein recordou a Caracas que a Venezuela é um membro do Conselho de Direitos Humanos e que, como tal, "tem um dever particular na hora de salvaguardar os níveis mais elevados na promoção e protecção dos direitos humanos".
O diplomata jordano fez estas observações pouco antes da intervenção do chefe da diplomacia venezuelana, Jorge Arreaza, na sessão do Conselho de Direitos Humanos e poucas semanas depois da divulgação pela agência que lidera de um relatório sobre as violações dos direitos humanos cometidas no âmbito dos protestos anti-governamentais entre 01 de Abril e 31 de Julho por parte das forças de segurança e das unidades militarizadas.
O relatório fala do uso excessivo da força, possíveis execuções extrajudiciais, maus-tratos e tortura, detenções arbitrárias, buscas ilegais e violentas em casas particulares, julgamentos militares contra civis, ataques a jornalistas e ataques e restrições a opositores.
Os protestos contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro provocaram pelo menos 125 mortos desde Abril, de acordo com o Ministério Público venezuelano.