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Líder republicano admite revolta contra Trump

Paul Ryan abre o caminho a um volte face na corrida eleitoral durante a convenção de Julho, sustentando que não irá dizer aos delegados para fazerem "algo contrário à sua consciência".

Bloomberg
20 de Junho de 2016 às 09:35
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O presidente da convenção dos republicanos, Paul Ryan, esclareceu este domingo, 19 de Junho, que não vai bloquear uma eventual rebelião dos delegados contra Donald Trump na reunião do partido, que está agendada para Julho. "Eles ditam as regras, eles tomam as decisões", sustentou.

 

Em entrevista à NBC, o mais alto representante do partido no Congresso disse que "a última coisa que [vai] fazer é dizer aos delegados o que fazer" e que se vai limitar a conduzir os trabalhos de forma "clara, honesta e seguindo as regras". "A última coisa que faria seria dizer a alguém para fazer algo contrário à sua consciência", insistiu.

 

Estas declarações surgem numa altura em que cresce a contestação interna ao polémico candidato, que voltou a defender um veto à entrada de muçulmanos nos Estados Unidos após o massacre numa discoteca em Orlando. E Ryan rejeitou criticar os membros do partido na Câmara dos Representantes e no Senado que estão a pressionar os delegados para ignorar os resultados das primárias e impor uma mudança de regras que trave o avanço de Trump.

 


Reconhecendo que esta é uma "situação muito estranha" e que está perante um "candidato muito original", Paul Ryan considerou, ainda assim, que o milionário empresário de Nova Iorque, de 70 anos, ainda vai a tempo de protagonizar uma corrida à Casa Branca de que "todos se possam orgulhar" no partido e que seja "inclusiva e aspiracional".

 

No entanto, os contestatários acreditam que a revolta contra Trump tem de ser concretizada na convenção de Cleveland, caso contrário a eleição presidencial e a maioria no Congresso podem estar em causa. Uma sondagem divulgada na semana passada pela Bloomberg mostrou Hillary Clinton cada vez mais destacada e com uma vantagem de dois dígitos a nível nacional: a democrata recolhe 49% das preferências, contra apenas 37% que confiam o seu voto a Trump.

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