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EUA estarão a repensar taxas à China após a escalada de tensão em Taiwan

Os próximos passos tanto podem passar por adicionar mais taxas, como excluir outras para aliviar o peso sobre alguns setores do país. Desde que assumiu o mandato, Biden tentou reverter a política fiscal de Trump nesta matéria.

Joe Biden, Presidente dos EUA, herda os resultados da guerra comercial que o seu antecessor travou com Xi Jinping, Presidente da China.
Lintao Zhang/Reuters
11 de Agosto de 2022 às 11:37
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A escalada das tensões entre China e Taiwan no âmbito da visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA à ilha, realizada na semana passada, poderá estar a levar a Casa Branca a repensar a política fiscal aplicada às importações chinesas.

Os próximos passos tanto podem passar por adicionar mais taxas, como excluir outras para aliviar o peso sobre alguns setores do país. De acordo com fontes próximas do assunto, citadas pela Reuters, todas as opções estão sobre a mesa.

 

Segundo as mesmas fontes, o plano pode passar por eliminar algumas taxas e expandir uma lista de exceções fiscais para ajudar empresas dos EUA que só podem obter certos materiais através das importações chinesas, mas por outro lado aplicar novas tarifas a novos tipos de importações.

 

Nos últimos meses, o presidente Joe Biden tem trabalhado de forma a aliviar os impostos aplicados às importações chinesas, reforçados pelo antecessor Donald Trump, de forma a proteger os consumidores de pagar preços mais caros pelos produtos, numa altura em que a inflação se faz sentir no cabaz variado de elementos.

 

"Acho que Taiwan mudou tudo", explicou uma fonte conhecedora do assunto à publicação.

 

Caso este plano avance, as atenções vão estar viradas para a lista de exceções, já que depois do fim do mandato de Trump esta foi bastante reduzida. O ex-presidente aprovou isenções para 2.200 categorias de importações, incluindo muitos componentes industriais essenciais para a produção industrial e produtos químicos, no entanto o decreto caducou quando Biden assumiu o cargo em janeiro do ano passado.

 

Até agora, a nova nova administração apenas reintegrou 352 categorias das que já estavam abrangidas por este regime, o que levou mais de 100 membros do Senado e da Cãmara dos Representantes e vários grupos empresariais a apelarem ao aumento desta lista.

 

Questionada pela agência britânica, fonte oficial da Casa Branca não confirmou mas também não desmentiu a notícia. "O presidente não tomou qualquer decisão antes dos eventos que aconteceram em torno do estreito de Taiwan, assim como até agora também não tomou nenhuma decisão", frisou fonte oficial. "Todas as opções estão em cima da mesa", rematou.

 

Também em entrevista à Bloomberg TV, a secretária de Comércio, Gina Raimondo, não negou que a administração Biden esteja a pensar remodelar a política fiscal aplicada às importações chinesas e, quando questionada sobre a demora na deliberação destas medias, justificou a lentidão com o cenário geopolítico.

 

"Após a visita da presidente Pelosi a Taiwan, a situação ficou particularmente complicada. O Presidente está a pesar todas opções. Ele é muito cauteloso e quer ter certeza de que não fazemos nada que prejudique os trabalhadores dos EUA", afirmou a governante.

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