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EUA apresentam pedido formal de saída do Acordo de Paris
Depois de, em junho de 2017, Trump ter anunciado que os Estados Unidos não ratificariam o acordo sobre o clima se não conseguissem termos "mais justos", agora o país vai avançar com a saída formal.
A 1 de Junho de 2017, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o Clima. A ideia era renegociar os termos do acordo, para conseguir um que seja "mais justo" para os EUA. Se tal não acontecesse, ficariam mesmo de fora, disse.
E tal não aconteceu. Esta segunda-feira, 4 de novembro, os EUA apresentaram junto das Nações Unidas a documentação necessária para a saída formal do Acordo de Paris, segundo a Bloomberg e a Reuters. De acordo com esta última agência, este processo de retirada demorará um ano.
O Acordo sobre o Clima foi delineado em Paris em dezembro de 2015 e os EUA eram signatários - faltava ainda ser ratificado pelo país, o que não vai acontecer.
Em junho de 2017, os EUA juntaram-se assim à Síria e Nicarágua, os dois únicos países que em 2015 recusaram assinar o plano de redução de emissões de dióxido de carbono.
O Acordo de Paris visa conter o aumento da temperatura abaixo dos 2 graus Celsius face aos níveis pré-industriais, com o compromisso de limitar a subida da temperatura aos 1,5 graus Celsius.
E por que razão não quis Trump ratificar este acordo? Porque, no seu entender, o aquecimento global é uma farsa.
Colocavam-se, pois, duas vias aos EUA - a saída do acordo, faseada ao longo de três anos, ou o afastamento em relação à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, que suporta o Acordo, um caminho mais extremo mas mais rápido.
Trump já tinha dito durante a campanha eleitoral que não tencionava ver ratificado o Acordo de Paris e quando tomou posse reiterou que seria uma das suas medidas nos primeiros 100 dias de mandato.
No âmbito do Acordo de Paris - assinado por 195 estados e que entrou em vigor a 4 de novembro de 2016 -, o compromisso dos EUA, assumido na Administração de de Barack Obama, era reduzir as suas emissões de gases com efeito de estufa entre 26% e 28%, até 2025, face aos níveis registados em 2005.