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Confiança do consumidor nos EUA com maior queda em três anos

A confiança do consumidor, medida pelo Conference Board, mostra a maior descida desde 2021. O mercado de trabalho e as perspetivas para a economia são os aspetos que mais preocupam os inquiridos.

DR
24 de Setembro de 2024 às 15:40
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A confiança do consumidor nos Estados Unidos caiu abruptamente em setembro, assinalando assim a maior queda em três anos. Entre as maiores preocupações dos norte-americanos estão o mercado de trabalho e as perspetivas para a economia.

Os dados divulgados esta terça-feira pelo Conference Board evidenciam uma descida da confiança em 6,9 pontos para 98,7 pontos - a maior descida desde agosto de 2021 e fica abaixo de todas as perspetivas dos economistas ouvidos pela Bloomberg.

"A deterioração dos principais componentes do índice provavelmente refletiu as preocupações dos consumidores relativamente ao mercado de trabalho, a aumentos mais lentos dos salários e a menos vagas de emprego, apesar de o mercado laboral se manter bastante saudável, com uma taxa de desemprego baixa, poucos despedimentos e salários elevados", justificou Dana Peterson, economista principal do Conference Board, citado pela Bloomberg.

Também uma outra métrica que inclui o "outlook" para os próximos seis meses arrefeceu para 81,7 pontos, enquanto as atuais condições desceram até aos 124,3 pontos.

A mais recente fraqueza do mercado de trabalho nos Estados Unidos está a pesar na confiança dos consumidores, penalizando os atuais valores para níveis abaixo do período antes da pandemia. A percentagem de consumidores que considera que o emprego é abundante diminuiu pelo sétimo mês consecutivo - a maior série de quedas desde 2008 - para 30,9%, o que continua a ser a percentagem mais baixa desde março de 2021. Também a percentagem de inquiridos a afirmar que é difícil conseguir emprego aumentou para 18,3%, o valor mais alto desde inícios de 2021.

No entanto, o corte de juros pela Reserva Federal em 50 pontos base já se está a materializar em taxas de juro do crédito à habitação mais baixas e redução de outros custos relacionados com empréstimos, que poderão sustentar o sentimento. Cerca de um terço dos inquiridos espera juros mais baixos no próximo ano, com esta expectativa a manter-se em máximos de abril de 2020.

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