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76 mortos e cinco sobreviventes em queda de avião que transportava equipa brasileira

Entre os passageiros estavam elementos da equipa brasileira Chapecoense, que ia disputar, na quarta-feira, com os colombianos do Atlético Nacional a primeira mão da final da Taça Sul-Americana de futebol.

Reuters
29 de Novembro de 2016 às 07:08
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As autoridades colombianas informaram que um avião que esta terça-feira, 29 de Novembro, se despenhou quando se dirigia ao aeroporto de Medellin levava 81 pessoas a bordo, incluindo a equipa de futebol brasileira Chapecoense.


Segundo um comunicado da Aeronáutica Civil da Colômbia, "uma aeronave procedente da Bolívia da empresa Lamia, com matrícula CP2933 RJ 80 acidentou-se em Cerro El Gordo, nas proximidades do município de La Unión, Antioquia", com nove tripulantes e 72 passageiros a bordo, os quais pertenciam à equipa Chapecoense do Brasil.

 

De acordo com presidente da Câmara de La ceja, uma cidade próxima do local da queda do avião, foram já resgatados os corpos de 25 pessoas do local do acidente.
 

Fontes policiais citadas pela Reuters dão conta de 76 vítimas mortais e cinco sobreviventes, um número inferior ao que chegou a ser avançado pelos media locais, que davam conta que tinham sido resgatados mais pessoas com vida.

Jose Gerardo Acevedo, da polícia local, confirmou o número de vítimas mortais e sobreviventes. "Foram resgatadas seis pessoas com vida, mas infelizmente uma morreu no hospital. O número trágico é de 76 vítimas", afirmou, citado pela Reuters.

 

As autoridades colombianas estão a investigar uma possível falha eléctrica no avião, mas não excluem que o aparelho tenha ficado sem combustível antes de cair.
 

Três jogadores entre os cinco sobreviventes


A equipa brasileira ia disputar, na quarta-feira, com os colombianos do Atlético Nacional a primeira mão da final da Taça Sul-Americana de futebol, que foi entretanto já cancelada.

 

A agência de notícias EFE constatou num hospital da localidade de La Ceja, para onde estão a ser transportados os feridos, que um dos sobreviventes é o futebolista brasileiro Alan Ruschel, lateral esquerdo de 27 anos.

 

Entre os sobreviventes estarão mais dois jogadores do Chapecoense: Jakson Follmann e o defesa central Helio Zampier Neto. O guarda-rede Marcos Danilo Padilha sobreviveu à queda mas acabou por morrer depois. Seguiam 22 jogadores a bordo.

Na equipa brasileira joga o ex-sportinguista Marcelo Boeck, que não seguia no avião uma vez que não foi convocado.

 

No avião seguiam também cerca de 21 jornalistas para fazer a cobertura do jogo em que ia participar a equipa brasileira. Um dos jornalistas sobreviveu, tal como um dos tripulantes. 

 

O acidente ocorreu numa zona montanhosa a cerca de 50 quilómetros de Medellin.


O director do Departamento Administrativo do Sistema de Prevenção, Atenção e Recuperação de Desastres (Dapard) do departamento de Antioquia, o departamento colombiano onde se situa o aeroporto de Medellin, havia dito antes a jornalistas que as autoridades estimavam que o avião estivesse nos arredores do município de La Unión, num local denominado Cerro Gordo, "e já foram activados todos os alertas".

O avião tinha saído do aeroporto Viru Viru, de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, onde aparentemente tinha feito uma escala técnica.

 

O presidente da câmara de Medellin, Frederico Gutierrez, disse a uma rádio local que esta "é uma tragédia de grandes proporções".

 

A Confederação Brasileira de Futebol manifestou hoje consternação pelo acidente com um avião que transportava a equipa brasileira Chapecoense para Medelim, na Colômbia.

 

"Estamos em contacto com a Conmebol, com as autoridades locais e com representantes de clubes em busca de mais informações antes de qualquer possível medida", informou a Confederação na sua primeira reação após a notícia do acidente.

 

"Manifestamos a nossa solidariedade e dirigimos as nossas orações para os passageiros e a tripulação do voo", concluiu.

A equipa de futebol do Benfica cumpriu hoje, antes do treino da manhã, um minuto de silêncio em memória das vítimas do acidente. "Neste momento de dor e luto, nós, da família benfiquista, estamos com a Associação Chapecoense", disse o defesa central Luisão, internacional brasileiro que se encontra no Benfica desde 2003.

(notícia actualizada às 12:09 com mais informação)
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