Notícia
Violência marca protestos em Luanda
Protesto foi convocado por ativistas da sociedade civil e tinha como um dos objetivos reivindicar melhores condições de vida.
Uma marcha de protesto realizada este sábado, 24 de outubro, em Luanda, acabou por ser marcada por atos de violência.
O protesto foi convocado por ativistas da sociedade civil, mas contou também com a adesão da UNITA e outras forças da oposição, e visava reivindicar melhores condições de vida, mais emprego e a realização das primeiras eleições autárquicas em Angola, que estavam previstas para este ano e foram adiadas sem nova data.
Ao mesmo tempo, os manifestantes, mostraram a sua indignação face à decisão do Governo em agravar as medidas de confinamento destinadas a combater a pandemia de covid-19.
Os incêndios visíveis nas imagens, que circulam nas redes sociais, aconteceram nos Congoleses, uma das entradas de Luanda, que se se caracteriza por ser uma zona de mercados e comércio, a qual será penalizada por estas medidas.
O deputado e secretário provincial da UNITA em Luanda, Nelito Ekuikui, afirmou à agência Lusa ter sido agredido pela polícia angolana nesta manifestação e estimou que cerca de 40 jovens que participavam no protesto terão sido detidos.
Nelito Ekuikui disse não ter havido nenhuma razão que justificasse a agressão e afirma ter sido retido durante cerca de uma hora, acusando as autoridades de "uso excessivo da força" e de estarem a cometer uma ilegalidade.