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Nova Cimangola vai ser confiscada? Cimenteira de Isabel dos Santos diz que não
Cimenteira angolana, que tem como presidente do conselho de administração Sindika Dokolo, marido de Isabel dos Santos, diz que está a ser colocada "no centro das atenções de forma negativa".
A Nova Cimangola classifica como "falsa" a notícia avançada pelo portal Club K de que o Estado angolano se prepara para confiscar a cimenteira detida maioritariamente por Isabel de Santos e cujo presidente do conselho de administração é o seu marido, Sindika Dokolo.
"Não existe processo algum de confisco da Nova Cimangola. As informações divulgadas são incorretas, desinformam a opinião pública e colocam a empresa no centro das atenções de forma negativa e tendenciosa", afirma a cimenteira em comunicado.
Segundo o Club K, este confisco, que na verdade se trataria de uma nacionalização, seria feito ao abrigo do despacho presidencial de janeiro através do qual João Lourenço criou um grupo de trabalho destinado a fazer o "levantamento de todos os investimentos privados realizados com fundos públicos".
No comunicado, a Nova Cimangola sustenta que o investimento feito em 2006 pela Cimenveste (holding à data detida por Isabel dos Santos e Américo Amorim) para obter o controlo de 49% da cimenteira foi feito através de fundos próprios e de um financiamento bancário do Millennium BCP, totalizando 74 milhões de euros.
Posteriormente, em 2009, foi efetuado um novo aumento que permitiu à Cimenveste ficar com a maioria do capital da Nova Cimangola e no ano seguinte, Américo Amorim rompe a parceria com Isabel dos Santos, a qual passa assim a controlar a cimenteira.
A Nova Cimangola, embora sem o referir explicitamente no comunicado, refuta assim a tese de utilização de fundos públicos, tanto na redefinição da estrutura acionista da empresa como nos investimentos feitos posteriormente.
"Os contratos de financiamento bancário e o de suprimentos estão em situação regular, não existindo mora ou incumprimento, a empresa está em cumprimento com todas as suas obrigações financeiras, perante as instituições financeiras e perante o Estado" e "é uma empresa cumpridora das leis em vigor em Angola, não tendo quaisquer situações de litígio ou incumprimento perante o Estado angolano", lê-se no comunicado.