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Marcelo mede o pulso à situação política em Moçambique
O Presidente da República encontra-se esta quarta-feira com o seu homólogo moçambicano, Filipe Nyusi. Marcelo disse que vai ter os contactos que lhe permitirão compreender a situação política de tensão que se vive no país.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, prossegue esta quarta-feira, 4 de Maio, a visita de Estado a Moçambique, num dia dominado por contactos políticos e institucionais e que tem no topo da agenda o encontro com o homólogo Filipe Nyusi.
A agenda do segundo de quatro dias da deslocação do chefe de Estado português começa com a cerimónia de deposição de uma coroa de flores no Monumento aos Heróis Moçambicanos, seguindo-se o encontro com o Presidente da República de Moçambique, a primeira ocasião em que Marcelo Rebelo de Sousa e Filipe Nyusi estarão lado a lado durante esta visita de Estado.
Na terça-feira, questionado sobre uma eventual acção de Portugal relacionada com o conflito moçambicano entre Frelimo e Renamo, o Presidente português defendeu que não se deve "pôr o carro à frente dos bois", salientando que "num Estado soberano quem tem a palavra decisiva é o poder político do Estado soberano".
Hoje, depois das declarações conjuntas à comunicação social, os dois chefes de Estado estarão novamente juntos num almoço com cerca de 150 empresários e administradores de empresas moçambicanas e portuguesas com presença em Moçambique, iniciativa que contou com a colaboração da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).
No primeiro dia da visita, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que Portugal acredita no futuro de Moçambique e vai manter e aumentar o investimento neste país, apesar das atuais dificuldades económicas e financeiras e da crise político-militar.
"A minha palavra de ordem é: o investimento português em Moçambique é fundamental, é para continuar e é para aumentar", declarou o chefe de Estado.
O chefe de Estado português disse então que a situação de Moçambique "vai ser objecto de compreensão" durante a sua visita a Moçambique e que só hoje teria os contactos políticos e institucionais que lhe permitiriam "compreender efectivamente como está a realidade moçambicana".
À tarde, o chefe de Estado português visita a metalomecânica Mecwide e a empresa Sumol/Compal, nos arredores da capital moçambicana.
Depois, janta com o Presidente da República de Moçambique no Palácio da Ponta Vermelha - onde o seu pai, Baltazar Rebelo de Sousa, residiu durante o período colonial, quando foi governador-geral de Moçambique, entre 1968 e 1970.