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Eduardo dos Santos considera imprudente deixar o poder antes de 2017

José Eduardo dos Santos afastou uma saída da Presidência antes do fim do mandato. “Em certos círculos restritos era quase um dado adquirido que o Presidente da República não levaria o seu mandato até ao fim, mas é evidente que não é sensato encarar esta opção”, afirmou.

Reuters
03 de Julho de 2015 às 10:11
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José Eduardo dos Santos, presidente de Angola, no discurso da terceira sessão extraordinária do Comité Central do MPLA, proferido esta quinta-feira, 2 de Julho, afastou a possibilidade de deixar a presidência do país antes do final do mandato. De acordo com o discurso presente na página da agência Angop, o presidente angolano sustentou que "em certos círculos restritos era quase um dado adquirido que o Presidente da República não levaria o seu mandato até ao fim, mas é evidente que não é sensato encarar esta opção nas circunstâncias actuais". O final do actual mandato tem lugar em 2017, segundo a Bloomberg.

Tendo assumido que "um tema que vai requerer uma profunda reflexão" é a selecção de candidatos aos cargos directivos, incluindo a presidência da República, José Eduardo dos Santos assinalou que deve ser estudada "com muita seriedade como será construída a transição". "Na minha opinião, é conveniente escolher o candidato a Presidente da República, que é uma competência do Comité Central nos termos dos Estatutos, antes da eleição do Presidente do Partido no VII Congresso Ordinário", afirmou. "Não se deve permitir que o povo angolano seja submetido a mais uma situação dramática como a que viveu em 27 de Maio de 1977, por causa de um golpe de Estado", acrescentou posteriormente.

Durante o seu discurso, o presidente angolano falou ainda da situação económica do país. Sustentou que este ano "tem sido difícil por causa da diminuição das receitas do Estado", reflexo da queda dos preços do petróleo. Para minimizar esta situação, foram aprovadas várias medidas económicas, sociais e administrativas "graças às quais foi possível manter a estabilidade do país e o funcionamento normal das instituições, da economia e da sociedade".

"É de sublinhar, o aumento do endividamento é feito de modo calculado e respeitando as metas definidas no Programa Eleitoral aprovado pelo povo angolano. A taxa do endividamento ainda não atingiu os 40 por cento do produto interno bruto previsto neste Programa [Eleitoral], nem mesmo com a ampliação das linhas de crédito e com os novos créditos concedidos pela República Popular da China", referiu José Eduardo dos Santos, de acordo com o discurso publicado na página da Angop.

Em relação à China, o líder angolano apontou que foi aberto "um capítulo novo e importante" no que diz respeito à criação de parcerias entre companhias angolas e chinesas, quer públicas quer privadas, "para produzir em Angola parte dos materiais que serão usados nas empreitadas de obras públicas levadas a cabo no quadro dos contractos celebrados com empresas chinesas".

 

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