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Pompeo diz que EUA apoiam Angola na responsabilização de envolvidos em corrupção
Mike Pompeo reuniu esta segunda-feira com João Lourenço. À saída do encontro, o secretário de Estado norte-americano diz que Washington quer ajudar na promoção de transações "limpas e transparentes".
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse esta segunda-feira, 17 de fevereiro, que os Estados Unidos estão prontos para ajudar Angola a responsabilizar quem está envolvido em escândalos de corrupção e na promoção de transações "limpas e transparentes".
Questionado sobre os pedidos de colaboração que Angola tem endereçado a vários países para conseguir repatriar capitais e responsabilizar os envolvidos em escândalos de corrupção, Pompeo respondeu que os Estados Unidos apoiam estes esforços em todo o mudo e querem que as transações financeiras "sejam limpas e transparentes".
"Quando descobrimos que este não é o caso, os Estados Unidos irão usar todos os seus recursos para corrigir o que está errado. Iremos certamente fazer o mesmo para ajudar Angola", afirmou o responsável norte-americano, em declarações aos jornalistas numa conferência de imprensa no Ministério das Relações Exteriores (MIREX), em Luanda, após um encontro com o seu homólogo angolano, Manuel Augusto.
Pompeo, que chegou no domingo à noite a Angola para uma curta visita, encontrou-se esta manhã no Palácio Presidencial da Cidade Alta com o Presidente da República, João Lourenço.
Sobre uma eventual visita do Presidente norte-americano a Angola, Pompeo afirmou ter recebido um convite por parte do chefe de Estado angolano que irá entregar a Donald Trump, mas disse não estar em condições de responder se o encontro se poderá concretizar este ano, um "ano eleitoral" em que o Presidente dos EUA estará "muito ocupado".
A visita de Mike Pompeo a Angola acontece um mês depois de o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação ter revelado 715 mil ficheiros, sob o nome de ‘Luanda Leaks’, que detalham esquemas financeiros da empresária Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, e do marido desta, Sindika Dokolo, que terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano, utilizando paraísos fiscais.