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Agência de lóbi diz que luta de Lourenço contra a corrupção está a ter retorno
Robert S. Kapla, partner da Squire Patton Boggs, considera que a visita de Mike Pompeo a Angola "é mais recente demonstração da mudança positiva" que se está a verificar nas relações com os EUA.
A visita do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, a Angola, "é a mais recente demonstração da mudança positiva" que está a acontecer nas relações bilaterais. Esta convicção é manifestada por Robert S. Kapla, parceiro da Squire Patton Boggs, a empresa de lóbi com sede em Washington, contratada pelo Governo de Angola para alterar a imagem no país nos Estados Unidos.
Pompeo esteve em Luanda na segunda-feira, 17 de fevereiro, onde manteve encontros com o presidente da República, João Lourenço, e o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto.
Kapla, em declaração por escrito ao Negócios, afirma que as difíceis reformas económicas e jurídicas promovidas por João Lourenço, assim como "a luta abrangente contra a corrupção" estão a ter retorno.
Pela primeira vez em muitos anos, Angola está a ser apoiada por numerosos organismos multilaterais e uma lista crescente de nações - incluindo os Estados Unidos. "Isso é bom para os angolanos e para os homens de negócios norte-americanos", sustenta Kapla.
A Squire Patton Boggs foi contratada em junho de 2019 pelo Governo angolano com uma tripla missão, colocar o sistema financeiro angolano compatível com os standards internacionais de forma a poder contar com bancos correspondentes, aumentar o investimento e o comércio com os EUA e dar mais visibilidade a Angola neste país.
Mike Pompeo foi muito expansivo no seu apoio ao Governo de Angola. Em declarações aos jornalistas o secretário de Estado norte-americano afirmou que nos seus primeiros dois anos e meio de mandato "João Lourenço fez um excelente trabalho para tornar a corrupção num fantasma do passado, aumentou a transparência, obrigou as instituições financeiras a limpar os seus balanços e perseguiu os maus atores". E acrescentou: "Estou otimista que continuará a libertar Angola da corrupção".
O secretário de Estado norte-americano deixou também no ar a promessa de investimentos. Se a nova lei sobre esta matéria for bem aplicada virão "muitos mais investimentos norte-americanos e ocidentais para criar riqueza, empregos e oportunidades para os angolanos".