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João Lourenço: Investimentos portugueses são “bem-vindos"

O presidente de Angola defende que Portugal pode assumir um papel relevante no desenvolvimento dos dois países e que os investimentos portugueses são “bem-vindos”. Já António Costa deseja ter mais empresas e investidores angolanos em Portugal.

18 de Setembro de 2018 às 14:34
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João Lourenço afirmou esta terça-feira, 18 de Setembro, que os investimentos na indústria transformadora, com base em matérias-primas e em materiais locais, a agricultura e a agro-indústria são fundamentais para o mercado interno e para as exportações angolanas.

 

"Vemos com bons olhos a implantação de pequenas e médias empresas portuguesas no mercado angolano, dentro de uma lógica em que se estabeleçam no nosso país para produzir riqueza que resulte em benefícios importantes para ambos", destacou João Lourenço, numa intervenção antes de se reunir com António Costa.

 

Nesse sentido, o presidente angolano, dirigindo-se a António Costa, encorajou-o a sensibilizar os investidores portugueses para aceitarem o desafio, "criando-lhes facilidades por via de linhas de crédito que os ajudariam a realizar negócios em Angola".

 

"Do nosso lado, estamos a fazer uma aposta decidida na criação de um ambiente de negócios seguro e atractivo, no âmbito do qual os investidores deixam de se confrontar com obstruções resultantes de procedimentos exageradamente burocráticos para estabelecerem uma empresa ou negócio em Angola", sublinhou.

 

Para João Lourenço, porém, há que ter em conta que, para todos esses objectivos, que "prevaleçam sempre o bom senso, pragmatismo e sentido de Estado", para que as relações entre os dois países saiam "continuamente robustecidas" e possam fazer face, "e vencer" as "visões pessimistas" que, de quando sem quando, se procuram afirmar.

 

"Encorajo, pois, a mantermos uma linha de diálogo permanente entre nós", recomendou.

 

António Costa: Portugal deseja mais empresas e investidores angolanos no país

 

Já António Costa disse desejar que mais empesas e investimentos angolanos sejam realizados em Portugal.

 

Na sua intervenção, com cerca de 15 minutos, o líder do executivo português elogiou os progressos registados por Angola no plano da confiança económica, vincou que os investimentos angolanos são "bem-vindos" a Portugal e, no plano político, agradeceu o apoio dado por este país às bem-sucedidas candidaturas de António Guterres ao cargo de secretário-geral das Nações Unidas e de António Vitorino ao lugar de director-geral da Organização Internacional das Migrações.

 

"Angola é hoje um país que procura aprofundar um caminho de estabilidade, de abertura e progresso social. É um país que consolida a situação financeira e melhora a atractividade do mercado e o ambiente de negócios junto dos investidores externos", acentuou o líder do executivo português, num discurso que antecedeu o seu encontro a sós com o Presidente da República de Angola, João Lourenço.

 

Uma das notas centrais do discurso do primeiro-ministro residiu nas questões da reciprocidade e da igualdade numa relação entre dois Estados soberanos, cujas sociedades estão "unidas" por "laços históricos e afectivos".

 

António Costa frisou então que mais de mil empresas portuguesas de capitais mistos operam em Angola e que mais cinco mil firmas nacionais exportam para o mercado angolano - um dos dez maiores destinos de produtos nacionais.

 

"Não menos importante é a presença crescente de empresas e investidores angolanos no mercado português. Quero aqui deixar bem claro que Portugal continua aberto e deseja o aprofundamento da presença de Angola no país. Esta é uma parceria entre iguais, em que cada um contribui para a riqueza do outro e em que ambos beneficiam igualmente da relação", salientou o primeiro-ministro.

 

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