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João Lourenço demite presidente da Sonangol

Carlos Saturnino foi afastado da presidência da petrolífera estatal esta quarta-feira, 8 de maio, pelo presidente angolano João Lourenço.

08 de Maio de 2019 às 20:28
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Carlos Saturnino foi demitido da presidência da petrolífera estatal, esta quarta-feira, pelo presidente angolano João Lourenço. O afastamento do líder da Sonangol é o resultado da falta de combustível que se tem sentido no país, uma circunstância que penaliza o Governo.

Uma nota da Casa Civil a que o Negócios teve acesso explica que "no uso das prerrogativas constitucionais e apoiado na lei de bases do setor empresarial público", o Presidente da República determina a exoneração de Carlos Saturnino e de todos os outros membros do conselho de administração "por conveniência de serviço público".

Na quarta-feira, uma fonte presidencial, citada pela agência Lusa, já havia dito que João Lourenço se encontrava "agastado" com a situação de falta de combsutível. Agora resolveu agir, substituindo Carlos Saturnino por Sebastião Pai Querido Martins que já era administrador da petrolífera.

No passado sábado, 4 de Maio, a Sonangol havia emitido um comunicado onde justificava a escassez de gasolina e de gasóleo com dificuldades no pagamento dos produtos refinados importados em moeda estrangeira, prometendo que, em breve, a situação estaria ultrapassada.

Carlos Saturnino entrou para a liderança da petrolífera em Novembro de 2017, substituindo na altura Isabel dos Santos. Agora é afastado devido à sua aparente incapacidade para lidar com uma situação que desgastou a imagem de João Lourenço e tem provocado grandes constrangimentos económicos em Angola.

Além de Sebastião Pai Querido Martins, que passa a liderar a Sonangol, João Lourenço nomeou para administradores executivos António de Sousa Fernandes, Baltazar Agostinho Gonçalves Miguel, Jorge Barros Vinha, Josina Mendes Baião, Luís Ferreira do Nascimento José Maria e Osvaldo de Lemos Macaia.

Segundo uma descrição da situação feita ontem pela agência Lusa, apenas uma percentagem reduzida dos milhares de postos de combustíveis existentes em Angola estava a receber combustível, com as centrais elétricas nas províncias do centro e sul do país a encurtarem os períodos de distribuição de energia elétrica, admitindo o risco de "total apagão".

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