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Governador do BNA diz que desvalorização do kwanza vai abrandar

José de Lima Massano avisa que a redução das importações, só por si, não chega para controlar a inflação. Pede redução do défice fiscal e melhoria do ambiente de negócios

26 de Março de 2018 às 20:29
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José de Lima Massano (na foto), governador do Banco Nacional de Angola (BNA), diz que a desvalorização do kwanza será "cada vez menos acentuada". Isso acontecerá  "à medida que o mercado for sentindo o efeito de uma política monetária restritiva e ganhando maior previsibilidade e domínio sobre o acesso ao mercado cambial, incluindo para operações privadas", afirma José de Lima Massano, em entrevista ao jornal angolano "O País", que será publicada na edição de terça-feira, 27 de Março.

O kwanza, moeda oficial de Angola, já desvalorizou 30% desde que o BNA introduziu o novo regime cambial, a 10 de Janeiro deste ano, tendo o FMI sinalizado como positivo que este movimento tenha sido acompanhado por uma descida da inflação. São "sinais positivos mas ainda prematuros para conclusões definitivas", adianta o governador do BNA ao diário privado angolano.

José de Lima Massano avisa que a redução das importações, só por si, é insuficiente para garantir o controlo da inflação. Segundo o mesmo responsável, a redução da taxa de inflação de forma sustentada depende de outros factores, casos da redução do défice fiscal, melhoria do ambiente de negócios e aumento da produção interna, sobretudo de alimentos.

Na entrevista ao jornal "O País", José de Lima Massano confessa-se atento ao efeito da política restritiva sobre as taxas de juro, adiantando que a "ânsia" dos resultados de curto prazo pode comprometer o longo prazo e que conta com "solidariedade institucional".

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