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Empresa espanhola suspeita de estar envolvida num caso de corrupção em Angola

A Polícia espanhola fez esta quarta-feira buscas à empresa pública Mercasa, por alegado envolvimento num caso de corrupção relacionado com a construção do mercado abastecedor de Luanda.

DR
19 de Abril de 2017 às 16:40
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A polícia espanhola realizou esta quarta-feira de manhã em Madrid buscas nas instalações da empresa pública Mercasa que, segundo a imprensa local, está alegadamente implicada num caso de corrupção na construção do mercado abastecedor de Luanda, em Angola.

 

Esta operação foi feita em coordenação com uma outra, realizada também esta quarta-feira, à empresa pública de abastecimento de água de Madrid, "Canal de Isabel II", que se saldou pela prisão de 12 pessoas, entre elas o ex-presidente da Comunidade Autónoma de Madrid Ignacio González.

 

Segundo o jornal El Mundo, tanto a Mercasa, empresa pública de serviços na cadeia alimentar, como a "Canal de Isabel II" estão envolvidas na construção de um grande mercado abastecedor em Luanda em que se suspeita que poderá ter havido o pagamento de comissões ilegais.

 

Por seu lado, a agência Efe assinala que não houve detidos na operação de buscas na Mercasa e que a justiça está a investigar uma série de pessoas que assinaram um contrato de 500 milhões de dólares norte-americanos com o Governo de Angola para montar um mercado abastecedor em Luanda.

 

Os investigadores querem saber se houve preços inflacionados nesse contrato e pagamento de comissões aos investigados, que podem vir a ser acusados de crime de corrupção, branqueamento de capitais, suborno e pertença a uma organização de criminosos, segundo a agência espanhola.

 

Uma fonte jurídica citada pela Efe refere que estes casos têm ligação com um outro caso de corrupção de venda de armas a Angola pela empresa, também pública, Defex.

 

O El Mundo interroga-se sobre o papel em todos estes negócios do empresário luso-angolano Guilherme Taveira Pinto, que vive actualmente em Luanda e é procurado pela justiça espanhola e pela Interpol (polícia internacional) para responder no caso Defex.

 

Um dos responsáveis da Mercasa é Pablo González, irmão do ex-presidente da Comunidade Autónoma de Madrid Ignacio González que foi preso hoje.

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