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Costa em Angola: "É no futuro que temos que estar focados"

No primeiro dia da visita do primeiro-ministro a Angola, António Costa revelou que "existem sinais muito positivos para ultrapassar" o problema das dívidas de Angola às empresas portuguesas.

17 de Setembro de 2018 às 11:44
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"O passado ficou no museu. É no futuro que temos que estar focados". Foram estas as palavras de António Costa após ter concluído o primeiro acto oficial da sua visita a Angola, na Fortaleza de Luanda, onde está o recém-recuperado Museu Nacional de História Militar.

 

O primeiro-ministro classificou esta visita a Angola de "muito importante" e diz que servirá para dar sinais de confiança, tanto para Portugal como para Angola, países que segundo António Costa estão destinados a aprofundar e melhorar as relações bilaterais.

 

António Costa revelou ainda que haverá um alargamento da linha de crédito para Angola, de mil milhões de euros para 1,5 mil milhões de euros e está esperançado numa regularização progressiva da dívida que Angola tem às empresas portuguesas.

 

"Existem sinais muito positivos para ultrapassar essa situação difícil", disse António Costa aos jornalistas portugueses. O primeiro-ministro adiantou ainda que as duas partes estão empenhadas em construir uma boa relação de negócios.

 

Esta manhã, António Costa vai ter um encontro com empresários portugueses, onde deverá adiantar mais pormenores sobre as relações entre os dois países.

 

Na parte da tarde, o primeiro-ministro tem ainda previsto um passeio pela Baía de Luanda e termina o dia com um encontro com a comunidade portuguesa residente na capital angolana. Um encontro que, segundo a Lusa, decorrerá no Centro Cultural Português e que ocorrerá depois de visitar a obra do hospital materno-infantil da Camama, que está a cargo da empresa portuguesa Casais, num projecto avaliado em 194 milhões de dólares (cerca de 166 milhões de euros).

 

Na terça-feira, após a reunião, marcada para as 11:00 locais (mesma hora em Portugal), entre o Presidente de Angola, João Lourenço, e o primeiro-ministro português, os dois governos deverão assinar cerca de uma dezena de acordos, entre os quais uma convenção para o fim da dupla tributação e um memorando para a progressiva regularização de dívidas de entidades públicas angolanas a empresas portuguesas, cujo montante global se estima entre os 400 e os 500 milhões de euros.

 

Os governos de Lisboa e de Luanda vão ainda ampliar linhas de crédito, estabelecer um plano de cooperação no sector da agricultura e assinar um Programa Estratégico de Cooperação 2018/2022.

 

António Costa, que deu hoje início a uma visita oficial de dois dias a Angola, foi recebido no aeroporto de Luanda pelo ministro das Relações Exteriores angolano, Manuel Augusto.

 

Com António Costa viajaram também os ministros dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e da Agricultura, Capoulas Santos, assim como os secretários de Estado Teresa Ribeiro (Negócios Estrangeiros e Cooperação), Eurico Brilhante Dias (Internacionalização) e Ricardo Mourinho Félix (Adjunto e das Finanças).

 

Acompanham também o primeiro-ministro português, os presidentes dos conselhos de administração da agência Lusa, Nicolau Santos, e da RTP, Gonçalo Reis.

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