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Chineses ganham mais de mais de mil milhões em obras públicas em Angola

O Governo angolano adjudicou a empresas chinesas, por despachos do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, 24 obras em várias áreas, por 1.265 milhões de dólares (1.115 milhões de euros) financiados pela Linha de Crédito da China (LCC).

Simon Dawson/Bloomberg
13 de Junho de 2016 às 09:20
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A informação consta de 15 despachos presidenciais com data de 7 de Junho e mais nove de 08 de Junho, aos quais a Lusa teve hoje acesso, aprovando as respectivas propostas de adjudicação das empreitadas a empresas chinesas, mas prevendo a subcontratação de algumas empresas angolanas.

 

Acrescem outras 30 do género, para construção de linhas de transporte de electricidade para quase meio milhão de casas, redes de abastecimento de água ou reparação de estradas, em várias províncias do país, igualmente ao abrigo da LCC e adjudicadas a empresas chinesas na última semana de maio por 1.898 milhões de dólares (1.674 milhões de euros).

 

Entre as novas obras adjudicadas constam a construção de um quebramar no porto de Cabinda, adjudicada à empresa China Gezhouba Group Company (CGGC) por 65 milhões de dólares, bem como a construção e apetrechamento da aerogare da cidade do Cuito, na Província do Bié, adjudicada à empresa China Railway 20 Bureau Group Corporation (CR20) por 45 milhões de dólares.

 

Ainda a reabilitação da Estrada Nacional 120, entre o Alto Dondo/Waco Kungo/Ponte do Rio Keve, na Província do Cuanza-Sul, à empresa Pan China Construction Group, por 48 milhões de dólares, da EN 321, no troço Maria Teresa/Dondo, adjudicada à empresa China Tiesiju Civil Engineering Group Co, Limited (CTCE) por 71 milhões de dólares, e da EN 230 no troço Lucala/Malanje/Saurimo, à empresa CR20, por 61,8 milhões de dólares.

 

Entre outras empreitadas, dentro deste novo grupo de 15, inclui-se ainda a construção do Centro Político-Administrativo do Governo da Província de Cabinda (Fase 1), pela empresa China Jiangsu International Economic and Technical Corporation Group, por 30,9 milhões de dólares, ou a reabilitação da EN 100, nos troços entre Cabo Ledo/Lobito e Sumbe/Ponte do Rio Eval, a realizar pela Sinohydro Group por 58,4 milhões de dólares.

 

Já com data de 08 de Junho foram adjudicadas obras como a modernização do aeroporto de Cabinda, à empresa China Railway Construction Corporation Limited (CRCC), no valor de 185 milhões de dólares, de construção e apetrechamento do Terminal Fluvial e Terrestre do Soyo (província do Zaire), à China Harbour Engeneering Company Limited (CHEC), por 70 milhões de dólares, ou ainda a reparação de outras centenas de quilómetros de estradas em todo o país.

 

Até ao momento, as 54 empreitadas adjudicadas pelo Governo angolano a empresas chinesas, no âmbito da LCC, ascendem já a mais de 3.160 milhões de dólares (2.790 milhões de euros).

 

Os concursos, lê-se nos documentos, foram limitados "por prévia qualificação" das empresas, no âmbito desta linha de financiamento.

 

A Lusa noticiou a 21 de Janeiro que a LCC vai financiar 155 projectos em Angola com 5,2 mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros), a executar por empresas chinesas, estimando o Governo angolano a criação de quase 365.000 empregos.

 

No plano operacional da LCC, elaborado pelo Governo angolano com as obras a realizar pelas empresas chinesas ao abrigo deste financiamento e noticiado anteriormente pela Lusa, o sector da energia e águas lidera, em termos dos montantes a investir, entre nove sectores, com 2.174.238.412 dólares (1,9 mil milhões de euros) alocados para 34 projectos.

 

O sector da construção, incluindo a reabilitação de estradas, contará com 33 projectos, mobilizando 1.644.282.124 dólares (1,4 mil milhões de euros).

 

A educação concentra o maior número de projectos, num total de 55, sobretudo a construção de escolas, num investimento global de 373.348.412 dólares (327 milhões de euros).

 

O documento é acompanhado por uma lista com 37 empresas chinesas "recomendadas para o mercado angolano", ao abrigo da LCC.

 

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