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BCP não prevê "nenhuma consequência" da mudança de liderança da Sonangol
Miguel Maya, presidente do BCP, diz que a instituição financeira que lidera mantém uma "relação muito boa com a Sonangol" e que não prevê "nenhuma consequência da mudança de liderança" da empresa.
Miguel Maya, presidente do BCP, está confiante de que a mudança de liderança da Sonangol, com a saída de Carlos Saturnino, não trará quaisquer consequências para a relação entre as duas entidades.
"Temos uma relação muito boa com a Sonangol", começa por afirmar Miguel Maya na conferência de imprensa dos resultados do banco para o primeiro trimestre, quando a instituição financeira alcançou um lucro de 153,8 milhões de euros. "Não espero nenhuma consequência desta alteração" de liderança da Sonangol, que detém 19,49% do capital do BCP.
Carlos Saturnino foi demitido da presidência da petrolífera estatal, esta quarta-feira, pelo presidente angolano João Lourenço. O afastamento do líder da Sonangol é o resultado da falta de combustível que se tem sentido no país, uma circunstância que penaliza o Governo.
Uma nota da Casa Civil a que o Negócios teve acesso explica que "no uso das prerrogativas constitucionais e apoiado na lei de bases do setor empresarial público", o Presidente da República determina a exoneração de Carlos Saturnino e de todos os outros membros do conselho de administração "por conveniência de serviço público".
Na quarta-feira, uma fonte presidencial, citada pela agência Lusa, já havia dito que João Lourenço se encontrava "agastado" com a situação de falta de combsutível. Agora resolveu agir, substituindo Carlos Saturnino por Sebastião Pai Querido Martins que já era administrador da petrolífera.
Carlos Saturnino entrou para a liderança da petrolífera em novembro de 2017, substituindo na altura Isabel dos Santos. Agora é afastado devido à sua aparente incapacidade para lidar com uma situação que desgastou a imagem de João Lourenço e tem provocado grandes constrangimentos económicos em Angola.