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PGR confirma diligências no seu departamento informático no âmbito da "Operação Fizz"

A Procuradoria-Geral da República também foi alvo de buscas no âmbito das investigações à Operação Fizz.

Bruno Simão/Negócios
27 de Fevereiro de 2016 às 14:53
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A Procuradoria-Geral da República confirmou este sábado, 27 de Fevereiro, a realização de diligências de pesquisa no seu departamento de informática, no âmbito da "Operação Fizz" que levou à prisão do procurador do Ministério Público Orlando Figueira.

"Ao abrigo do disposto no art.º 86, n.º 13, alínea b) do Código de Processo Penal, confirma-se a realização, no departamento de informática da Procuradoria-Geral da República, de diligência de pesquisa em meio informático, judicialmente autorizada nos termos do disposto nos art.ºs 16.º e 17.º da Lei n.º 109/2009 de 15 de setembro", refere a PGR.

O jornal Público noticia este sábado que, "na terça-feira, procuradores acompanhados por elementos da Polícia Judiciária (PJ) estiveram na PGR para recolher informação electrónica, já que é naquele edifício que estão localizados os servidores que suportam a rede do Ministério Público (MP) e armazenam, entre outras coisas, o correio electrónico dos procuradores".

Os investigadores, acrescenta o jornal, estiveram a analisar e a pesquisar emails e outros registos informáticos, já que também estão guardados na PGR processos-crime digitalizados e cópias de segurança.

Orlando Figueira está em prisão preventiva desde quinta-feira, depois de ter sido ouvido no âmbito do inquérito relativo à "Operação Fizz", que tem três arguidos constituídos: o procurador, o advogado Paulo Blanco e uma pessoa colectiva.

O advogado Paulo Blanco representou o vice-presidente de Angola na compra de um apartamento no edifício Estoril Sol, em 2012, e o seu escritório de advocacia foi alvo de buscas na terça-feira.

Segundo o Ministério Público, os factos em investigação na "Operação Fizz" indiciam suspeitas de prática dos crimes de corrupção passiva, na forma agravada, corrupção activa na forma agravada, branqueamento de capitais e falsidade informática.

Orlando Figueira - em licença sem vencimento desde 2012 e a trabalhar na banca - foi o procurador responsável pelos processos "BES Angola" e "Caso Banif", que arquivou, relacionados com capitais angolanos e, segundo fontes ligadas ao processo, é suspeito de ter favorecido processos em Portugal relacionados com o vice-presidente angolano Manuel Vicente.

 

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