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Paula Teixeira da Cruz: “Aconteça o que acontecer, estarei na época Passos”

Em entrevista ao Público, a ministra da Justiça afasta qualquer possibilidade de se candidatar à liderança do PSD, sublinhando que apoiará “incondicionalmente” Pedro Passos Coelho.

Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 22 de Julho de 2015 às 09:17
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Em resposta à pergunta "não tem nenhuma ambição [dentro do PSD]?", Paula Teixeira da Cruz é taxativa: "nem pensar." "Eu não estou na época pós-Passos. Eu estou na época Passos e, o que quer que aconteça a seguir a estas eleições, estarei na época Passos", acrescentou.

 

Quando lhe é pedido para explicar um pouco melhor o que isso quer dizer, a governante sublinha ao Público que "quer dizer que apoio incondicionalmente e apoiarei em qualquer circunstância, uma pessoa profundamente honesta, profundamente convicta, que sabe ouvir". "Eu ouço muitas vezes o primeiro-ministro a ser acusado de teimoso. Não é uma pessoa teimosa, é uma pessoa convicta."

 

Segundo Teixeira da Cruz, os custos sociais do programa da troika "poderiam ter sido muito piores" se não tivesse existido essa intervenção. "Podíamos ter sido uma Argentina dos anos 80".

 

Sobre o seu futuro político, a ministra diz que a sua intenção é regressar ao seu escritório, porque "é aquilo que gosto de fazer", referindo-se aos sacrifícios pessoais e financeiros que fez durante a actual legislatura. "Eu estou emprestada num período de crise. Eu vivi quatro anos num cárcere privado. As pessoas não têm ideia da abdicação que foi preciso ter, de vida pessoal, financeira também – isto vai ser muito claro quando eu entregar a minha declaração de património no fim deste mandato e a compararem com a que entreguei quando entrei."  

 

Recusa-se a comentar qual seria o impacto da lei do enriquecimento ilícito no caso José Sócrates, caso esta estivesse aprovada, mas lamenta "ter um primeiro-ministro do meu país nesta situação". Receia que haja algum aproveitamento político deste processo durante a campanha eleitoral? "Penso que não. Não pode haver. Nem deve haver."

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