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Nove empresários de mobiliário detidos pela PJ (act)

A operação de combate à fraude fiscal e branqueamento de capitais levou 150 inspectores da Judiciária a fazer buscas a empresas de Paredes e Paços de Ferreira.

Paulo Duarte/Negócios
04 de Maio de 2016 às 12:26
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A Polícia Judiciária (PJ) realizou na manhã desta quarta-feira, 4 de Maio, buscas em várias empresas de mobiliário localizadas nos concelhos de Paredes e Paços de Ferreira, no distrito do Porto.

 

Segundo a RTP, que avançou a notícia, nesta operação de combate à fraude fiscal e branqueamento de capitais foram detidas, pelo menos, dez pessoas: nove empresários deste sector tradicional e também um contabilista envolvido no esquema que envolvia as várias sociedades. A informação foi entretanto confirmada pela PJ.

 

A operação "Fundo Falso" foi dirigida pelo DIAP/Paredes e pela Directoria do Norte da PJ e envolve uma mega fraude fiscal em sede de IRC, IRS e IVA. Subtraiu aos cofres do Estado "vários milhões de euros", que terão sido "branqueados em sociedades criadas com esse propósito". A CMTV avança que o montante deve ascender a sete milhões de euros, sendo que o valor exacto só será apurado após a análise da documentação apreendida.

 

No comunicado enviado às redacções, a PJ explica que os suspeitos "serviam-se da emissão de ‘facturas de favor’, sem qualquer transacção que as fundamente", para aumentar ficticiamente os seus custos e reduzir os impostos a pagar. Adiantam ainda as autoridades que os detidos, com idades compreendidas entre os 38 e 61 anos de idade, vão agora ser interrogados.

 

Ao final da manhã, esses dez elementos estavam ainda a prestar declarações na directoria do Norte da Polícia Judiciária, que mobilizou perto de 150 inspectores para o terreno, de acordo com o JN. No entanto, os dez detidos apenas devem ser ouvidos na manhã de quinta-feira, 5 de Maio, em primeiro interrogatório judicial no tribunal de Marco de Canaveses.

 

Ao Negócios, a Associação Empresarial de Paços de Ferreira e as duas principais entidades que representam as empresas do sector – a Associação das Indústrias da Madeira e do Mobiliário de Portugal (AIMMP) e a Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA) – alegaram desconhecer até ao momento a identidade dos empresários envolvidos nesta operação.

(Notícia actualizada às 13:20 com as informações disponibilizadas pela Polícia Judiciária)

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