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PJ prende seis pessoas por suspeitas de usura no crédito

Foram realizadas buscas em Setúbal e Seixal, tendo sido apreendidas armas de fogo, viaturas, cerca de quatro mil euros em numerário, peças em ouro, vestuário contrafeito, bem como documentação que exemplifica as práticas suspeitas.

Bruno Simão/Negócios
04 de Maio de 2016 às 14:48
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A Polícia Judiciária (PJ) revelou, esta quarta-feira, 4 de Maio, que procedeu à detenção de quatro homens e duas mulheres, com base nas suspeitas de crimes de usura e extorsão, burla e fraude fiscal, fraude sobre mercadorias, posse ilegal de armas e branqueamento. Foi ainda constituído um arguido no âmbito desta operação designada "Taxa Variável".


"A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Setúbal, com a colaboração do Comando Distrital de Setúbal da Polícia de Segurança Pública, localizou, identificou e procedeu à detenção de quatro homens e duas mulheres, com idades compreendidas entre os 29 e os 46 anos de idade, tendo constituído um outro como arguido", revelou a PJ em comunicado publicado no site.


As suspeitas da PJ são de que os três grupos em investigação se dedicavam a conceder empréstimos a particulares, praticando taxas de juro mensais "completamente exorbitantes", que variavam entre 25% e 100% sobre o montante emprestado. Nas situações em que os particulares a quem era emprestado o dinheiro não cumpriam com o pagamento da mensalidade, estes eram vítimas de "uma pressão inaceitável, estabelecendo penalizações económicas e ameaçando-as de represálias, sob diversas formas".

De acordo com o mesmo documento, na operação "Taxa Variável" foram levadas a cabo 16 buscas domiciliárias e não domiciliárias, em Setúbal e Seixal. Nestas buscas, as autoridades procederam à "apreensão de quatro armas de fogo, quatro viaturas, cerca de quatro mil euros em numerário, algumas peças em ouro e elevada quantidade de peças de vestuário contrafeito, bem como documentação diversa demonstrativa das práticas delituosas em apreço". 

A PJ refere que os detidos não declararam qualquer tipo de rendimentos à administração fiscal, exibem sinais exteriores de riqueza e têm antecedentes policiais que, em alguns casos, se referem ao mesmo tipo de práticas. Os detidos serão presentes a primeiro interrogatório judicial, esta quarta-feira, para que sejam determinadas as medidas de coacção.

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