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Unidade de Grandes Contribuintes passa a acompanhar pessoas singulares
A Unidade de Grandes Contribuintes, que até agora monitorizava apenas as grandes empresas, vai passar também a acompanhar pessoas singulares que tenham "rendimentos e património declarados que justifiquem um controlo acrescido", anunciou o Governo.
O ministro das Finanças, Mário Centeno, afirmou esta quinta-feira, em conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, que foi aprovado o alargamento da competência da Unidade de Grandes Contribuintes "de modo a acompanhar, não apenas grandes empresas, mas também pessoas singulares cujos níveis de rendimentos e património declarado que justifiquem um controlo acrescido".
O governante esclareceu que esta medida se insere no quadro do combate à fraude e evasão fiscais que o Ministério das Finanças aprovou "paralelamente ao Conselho de Ministros".
O alargamento das competências da Unidade dos Grandes Contribuintes aos contribuintes singulares ocorre depois de José Azevedo Pereira, antigo director-geral dos Impostos, ter vindo a público revelar dados sobre a grande discrepância de IRS pago pelos contribuintes com elevado património em Portugal.
A denúncia desta situações conduziu a audições parlamentares e o PS a avançar com uma proposta para autorizar os grandes contribuintes a serem alvo de acompanhamento especial por parte da Autoridade Tributaria, tal como o Negócios avançou na altura.