Notícia
Trabalhadores dos impostos avançam com greve parcial a partir de 1 de março
A greve abrange "as primeiras três horas e últimas três da jornada de trabalho", podendo ser renovada por "iguais períodos mensais". Trabalhadores vão promover ações de rua junto aos serviços de Finanças.
Os funcionários da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) avançam esta quarta-feira, 1 de março, e ao longo de todo o mês, com uma greve parcial, "para as primeiras três horas e últimas três da jornada de trabalho", período que "será renovado por iguais períodos mensais, até ao final de 2023 ou até que o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) veja as suas reivindicações atendidas".
Esta quarta-feira, além da greve parcial, o STI - que convocou o protesto - vai afixar outdoors em Lisboa e no Porto com mensagens alusivas às funções dos trabalhadores da AT e promover ações de rua junto a serviços de finanças e aduaneiros, nomeadamente em frente à Direção de Finanças de Lisboa. A 6 de março o protesto será em frente ao Serviço de Finanças de Alcobaça e na semana seguinte, a 15, em Viseu. Na última semana do mês a ação de protesto decorrerá no Porto, no Aeroporto Sá Carneiro.
O sindicato defende que os trabalhadores do Fisco "têm assistido, na última década, a uma crescente degradação no seu funcionamento, com a saída de milhares de efetivos para a aposentação". Por outro lado, acusam a AT de avançar com medidas que "aparentam querer esvaziar as funções essenciais e de autoridade e que complicam procedimentos, prejudicando também os contribuintes".
O objetivo, sublinha fonte oficial do sindicato, é "criar incómodo e pressão, não nos cidadãos, mas na Direção-geral da AT e no Governo". Na prática, diz fonte oficial, a ideia não é o encerramento de serviços, com paralizações completas, mas avançar com "paralizações pontuais e articuladas" e, com isso, "alertar os cidadãos para o iminente colapso da AT e para a necessidade de valorizar e dignificar as funções que os trabalhadores desempenham".