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Montenegro abre a porta a discutir descida do IRC com PS

Pedro Nuno Santos criticou a forma como o Governo quer descer o IRC e quis saber se o primeiro-ministro estava disponível para repensar a descida com o PS. Luís Montenegro abriu a porta a negociações.

Lusa
17 de Julho de 2024 às 10:36
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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, abriu a porta a uma discussão com o PS para a revisão do IRC, mas ressalvou que isso tem de acontecer nos moldes do que está previsto no Programa de Governo.

O repto partiu de Pedro Nuno Santos. No debate do Estado da Nação, nesta quarta-feira, 17 de julho, o secretário-geral do PS começou por criticar a forma como o Governo pretende reduzir a carga fiscal para as empresas, através de uma descida da taxa de IRC, de 21% para 19% já em 2025 e até 15% em 2027.

Questionando quem ganha com a medida, o líder socialista respondeu que os principais beneficiados com a medida vai ser a banca, as seguradoras e a grande distribuição. "Vão baixar os juros que cobram aos clientes, remunerar melhor os seus trabalhadores? Vão baixar o preço aos consumidores? Vão pagar mais aos produtores?", interrogou-se Pedro Nuno Santos.

E rematou: "A medida de redução do IRC sem critério é errada, injusta e ineficaz".

Depois, questionou: "Está disponível para repensar connosco [PS] a estratégia e a política para para o IRC?".

Na resposta, Luís Montenegro disse que está "disponível para discutir estratégias para Portugal". Mas lembrou que o acordo feito entre o PSD/CDS-PP e o PS durante a 'troika' para uma descida gradual do IRC foi quebrado quando António Costa iniciou funções como primeiro-ministro.

E mais tarde, acrescentou: "Temos disponibilidade para falar com as oposições, mesmo em alterações fiscais, só que as oposições, mesmo no PS, são disponíveis mas depois são intrangisentes", recordando a descida do IRS à revelia do Governo.

Assim, Montenegro mostrou-se disponível para aproximações, mas dentro "do Programa de Governo" do atual executivo. "É o único que está em vigor e em execução", sublinhou.

A mexida do IRC motivou ainda críticas da deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua: 

"É diferente governar para a economia ou para quem manda para a economia".

(Notícia atualizada com mais informação às 10:42)

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