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Diretora do Fisco e a operação stop: “Tive conhecimento pela imprensa”
Helena Borges, diretora-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira, diz que desconhecia as operações stop realizadas no distrito do Porto para cobrar dívidas e penhorar automóveis.
"Não conhecia o plano." Em declarações ao Público e ao Jornal de Notícias, a diretora-geral da Autoridade Tributária (AT) quebrou o silêncio sobre a polémica operação stop montada no distrito do Porto para cobrar dívidas e penhorar automóveis, para dizer que desconhecia os planos do diretor de Finanças do Porto
"Não conhecia o plano, nunca o diretor de Finanças do Porto discutiu o tema comigo, nem o partilhou ou submeteu a discussão em qualquer reunião do Conselho de Administração da Autoridade Tributária e Aduaneira. Tive conhecimento da ação, já em curso, através da Imprensa", disse Helena Borges ao Jornal de Notícias.
Questionada pelo Público sobre as razões porque demorou tanto tempo para falar publicamente sobre esta ação, que se realizou na terça-feira passada, disse: "Considero inoportuna a minha intervenção pública a propósito do tema, enquanto decorre o inquérito anunciado pelo membro do Governo [secretário de Estado]", garantindo que foi "através da imprensa" que soube da operação stop.
Mas ambos os jornais afiançam que, apesar do alegado desconhecimento por parte de Helena Borges, este tipo de abordagens é mencionado no Plano de Atividades da Área da Justiça Tributária da Direção de Finanças do Porto, enviado anualmente para os serviços centrais AT, em Lisboa, onde se refere explicitamente que "operações stop em estradas com grande fluxo de trânsito de forma a identificar veículos automóveis de devedores com vista à sua penhora ou apreensão".