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Prestação média para compra de casa cai três euros. É a primeira queda em mais de dois anos

Em março, a prestação média mensal do "stock" de crédito à habitação registou uma queda de três euros, face ao mês anterior, para 423 euros.  Os novos empréstimos à habitação foram maioritariamente contratados a taxa mista (74%). As renegociações de crédito diminuíram 120 milhões de euros em relação a fevereiro.

No domínio do crédito à habitação, os planos do atual Governo passam pela criação de uma garantia pública parcial para jovens.
João Cortesão
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Em março, a prestação média mensal do "stock" de crédito à habitação registou uma queda de três euros, face ao mês anterior, para 423 euros. Este foi o primeiro mês desde o início da série estatística, em dezembro de 2021, no qual se verificou uma diminuição da prestação média mensal, de acordo com os números divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

As amortizações antecipadas de crédito à habitação representaram uma fatia de 0,88% do "stock" de empréstimos em março, menos 0,03 pontos percentuais do que em fevereiro, tendo sido o terceiro mês consecutivo em que se verificou uma diminuição das amortizações antecipadas.

As amortizações antecipadas totais (que incluem os contratos finalizados por amortização da dívida do devedor, as consolidações de crédito em novo contrato e as transferências de crédito para outra instituição) representaram 91% das amortizações antecipadas em março.



Neste mês, os novos empréstimos à habitação foram maioritariamente contratados a taxa mista (74%) isto é, com taxa de juro fixa num período inicial do contrato, seguido de um período em que a taxa de juro é variável.

Numa ótica mais genérica, as novas operações de empréstimos aos particulares, que incluem também os empréstimos renegociados, totalizaram 2.583 milhões de euros em março, mais 58 milhões do que em fevereiro. Por sua vez, o montante dos novos contratos de empréstimos a particulares aumentou 178 milhões de euros, fixando-se em 1.989 milhões de euros.

Este aumento observou-se nas finalidades de habitação, com uma subida de 168 milhões de euros, para 1.307 milhões.  Já para outros fins, contabilizou-se um aumento de 22 milhões de euros para 220 milhões. Por outro lado, os novos contratos de empréstimos ao consumo diminuíram 12 milhões de euros, para 462 milhões de euros.

As renegociações de crédito diminuíram 120 milhões de euros em relação a fevereiro, totalizando 593 milhões de euros em março de 2024. "Esta evolução deveu-se em grande parte às renegociações de crédito à habitação, que, em março, diminuíram 118 milhões de euros relativamente a fevereiro, para um total de 549 milhões de euros", justifica o Banco de Portugal.

Dos particulares para as empresas, o montante de novas operações de empréstimos concedidos às companhias foi de 1.822 milhões de euros, o que representou um aumento de 294 milhões de euros relativamente ao mês anterior.

"Este aumento decorreu principalmente dos novos contratos, que subiram 260 milhões de euros, para 1632 milhões de euros", acrescenta o supervisor liderado por Mário Centeno. Os montantes renegociados também aumentaram, 34 milhões de euros, passando a totalizar 190 milhões de euros.As novas operações de empréstimos até um milhão de euros atingiram 1087 milhões de euros em março, mais 174 milhões do que em fevereiro. Já as novas operações de empréstimos acima de um milhão de euros aumentaram 120 milhões de euros, para 735 milhões de euros.

Já no que diz respeito às taxas de juro aplicadas a empréstimos tanto a particulares, como empresas, a taxa de juro média das novas operações de empréstimos às empresas cresceu 0,09 pontos precentuais para 5,70% em março. Este aumento verificou-se quer nos empréstimos acima de um milhão de euros quer no crédito com montantes abaixo desta fasquia.

Relativamente aos particulares, a taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação passou de 3,92%, em fevereiro, para 3,83% em março. A taxa de juro média dos novos contratos de crédito à habitação diminuiu 0,04 pontos precentiaos, fixando-se em 3,68. Nos contratos renegociados reduziu-se 0,07 pontos percentuais, para 4,20%.


Juros dos novos depósitos caem pelo terceiro mês consecutivo


Em março, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares diminuiu pelo terceiro mês consecutivo, passando de 2,81%, em fevereiro, para 2,78% em março. O montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares totalizou 7767 milhões de euros em março, um aumento de 219 milhões de euros em relação ao mês anterior.

"A taxa de juro média caiu em todas as classes de prazo", refere o BdP. Nos novos depósitos com prazo até um ano diminuiu 0,01 pontos percentuais, para 2,81%. Esta continuou a ser a classe de prazo com a remuneração média mais elevada e representou 96% dos novos depósitos em março. Nos novos depósitos de um a dois anos, a taxa de juro média diminuiu 0,18 pontos percentuais, de 2,39% para 2,21%, enquanto a remuneração média dos novos depósitos a mais de dois anos decresceu de 2,06% para 1,96%.

O desempenho da taxa de juro aplicada aos depósitos em Portugal ficou em linha com o resto da Zona Euro, onde a taxa de juro média dos novos depósitos verificou uma ligeira diminuição, de 0,01 pontos percentuais, fixando-se em 3,16%.

Já a remuneração média dos novos depósitos a prazo de empresas passou de 3,32%, em fevereiro, para 3,38% em março.


(Notícia atualizada às 11:36 horas). 
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