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Salário total dos funcionários públicos subiu em média 0,6%
Reposição de parte dos cortes e congelamento dos vencimentos abaixo de 1.500 euros ajudam a explicar a evolução do salário médio no Estado, no trimestre em que o salário mínimo aumentou.
O salário total dos funcionários públicos aumentou 0,6% em termos homólogos, e 0,3% face ao trimestre anterior, para 1.623 euros, em média. Esta evolução regista-se numa altura em que os cortes salariais acima dos 1.500 euros estão a ser progressivamente reduzidos, em que o salário mínimo aumentou de 505 para 530 euros e em que quem ganha entre o salário mínimo e os 1.500 euros viu os vencimentos congelados.
A Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), que esta segunda-feira publicou os dados relativos ao primeiro trimestre, atribui a evolução ao "impacto da reversão de 40% da redução remuneratória para remunerações acima de 1.500 euros", à "actualização do valor" do salário mínimo e a ainda ao "efeito da entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios".
É que a entrada ou saída de pessoas com maiores ou menores salários também influencia a média. É isso que explica que a evolução não seja o mero reflexo de políticas salariais.
Se considerarmos apenas a remuneração base o valor médio era de 1.417 euros em Janeiro, num aumento de 1,1% em relação a Outubro do ano passado.
Os cortes salariais aplicados a trabalhadores que ganham acima de 1.500 euros variaram entre os 2,8% e os 8% no ano passado. No início deste ano o corte baixou para 2,1% a 6%, no âmbito da reposição gradual de vencimentos. Segundo dados divulgados pelo governo anterior estes cortes aplicam-se a cerca de metade dos trabalhadores do Estado.
Quem ganha entre o salário mínimo e os 1.500 euros viu os salários novamente congelados, no âmbito de uma política de contenção que o governo já anunciou que se vai manter até 2020.
No primeiro trimestre deste ano, o número de trabalhadores do Estado voltou a aumentar.