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Salário médio cresceu 36 euros desde a saída da troika
O rendimento médio desde a saída da troika de Portugal passou a ser de 838 euros, graças à subida do salário mínimo e à publicação de portarias de extensão, escrevem esta manhã o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias.
O salário médio líquido auferido pelos trabalhadores portugueses aumentou 36 euros desde a saída da troika de Portugal, escrevem esta manhã o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias. O rendimento médio fixou-se em 838 euros mensais no segundo trimestre deste ano, o valor mais alto de sempre, e compara com os 802 euros que se registavam no final do primeiro trimestre de 2014, perto do fim do programa de resgate a Portugal (que terminou a 17 de Maio desse ano).
Segundo as duas publicações, a subida do salário médio explica-se por dois motivos. Por um lado, o salário mínimo foi actualizado duas vezes desde que a troika saiu do país. Primeiro, em Outubro de 2014, de 485 para 505 euros, pelo anterior Governo, abrangendo 500 mil trabalhadores. E, mais recentemente, em Dezembro do ano passado, para 530 euros (beneficiando 650 mil trabalhadores).
De acordo com declarações do economista João Cerejeira ao DN e JN, a subida do salário mínimo tem impacto sobre um terço da população activa, porque "há uma proporção muito grande de salários muito próximos que acabam por ser positivamente afectados".
O outro motivo é o regresso (ainda tímido) da contratação colectiva, que esteve congelada durante o programa de assistência a Portugal. Apesar de ainda existirem bloqueios, já têm sido publicadas portarias de extensão que asseguram a actualização das tabelas salariais em algumas carreiras.
Algo que ainda é insuficiente, diz ao DN/JN o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos. "Há ainda um grande bloqueamento à contratação colectiva" e ainda se verifica a "manutenção do modelo de baixos salários e precariedade".
O salário médio é mais alto no sector da indústria e construção, estando fixado nos 867 euros. No sector dos serviços é de 773 euros mensais e na agricultura e pescas é de 615 euros mensais.