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Caldeira Cabral: "Quando o salário médio de novos empregos é 582 euros, eles vão e não voltam"

Enquanto falavam na conferência organizada pelo Negócios, Manuel Caldeira Cabral e José Eduardo Martins debateram estratégias de crescimento para o país. O problema de emigração esteve no centro da discussão.

Miguel Baltazar/Negócios
17 de Abril de 2015 às 13:03
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"Quando a primeira opção dos melhores é sair, isso é mau. Quando o salário médio dos novos empregos é 582 euros, eles vão e não voltam", afirmou Manuel Caldeira Cabral, professor da Universidade do Minho e membro da equipa de economistas que está a desenhar o cenário macroeconómico para o Partido Socialista. "Quem esteja a ganhar três mil euros vai voltar a Portugal para ganhar mil? Gostava que me mostrassem o estudo económico que me diga que isso vai acontecer. É um problema que temos de inverter, mas que devíamos ter evitado criar em primeiro lugar."

 

José Eduardo Martins, sócio da Abreu Advogados e secretário de Estado do Governo de Durão Barroso, apontou que Portugal tem "um país deserto". "Precisamos de ter gente qualificada. Isso significa atrair emigrantes", sublinhou na conferência do Negócios: "Os Caminhos do Crescimento". "No Norte, conseguem ser um país de velhinhos ricos, já um país de velhinhos pobres…"

 

Para Caldeira Cabral, uma das coisas que foram ignoradas nos últimos anos durante o programa de ajustamento foi a perda de recursos, grande parte dos quais via emigração. Sobre o programa apresentado pelo Governo para o regresso de emigrantes - o "VEM" -, o economista admitiu que tem "várias virtudes", mas que a crítica a esse plano tem origem na "escala" e na "contradição em relação aquilo que o Governo tem feito".

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