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Apostar no talento, na inovação, e no triângulo Europa, África e América 

Manuel Caldeira Cabral e José Eduardo Martins, economista e advogado, o primeiro próximo do PS, o segundo militante do PSD, definem três prioridades no caminho para o crescimento.

Miguel Baltazar/Negócios
17 de Abril de 2015 às 13:06
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Portugal precisa de uma estratégia de crescimento que junte esforços públicos e privados no incentivo a mais inovação, à promoção do talento, e ao reforço da posição estratégia nacional no triângulo Europa, África e Américas. Este é o denominador comum nas intervenções de Manuel Caldeira Cabral e José Eduardo Martins, que discutiram sexta-feira de manhã desafios económicos na conferência "Caminhos para o Crescimento" organizada pelo Jornal de Negócios.

 

Precisamos de encontrar um "modelo para sermos eficazes" na economia global, o qual exige uma estratégia económica que tem de enquadrar as restantes opções de política, analisou José Eduardo Martins, advogado da Abreu e Associados, que considerou que essa foi uma falha dos últimos anos, defendendo a aposta no "triângulo estratégico que envolve a Europa, a África e a Europa". Esta foi exactamente a aposta que as empresas fizeram mesmo sem uma estratégia política definida, sustentou.

 

Manuel Caldeira Cabral, professor na Universidade do Minho, defendeu por seu turno, duas áreas prioritárias. As empresas devem "procurar talento": "temos muitos jovens com talento que estamos a desperdiçar", afirmou. Nas políticas públicas, o economista realçou a importância do Estado a apoiar a capitalização das empresas, e a desenvolver em parceria com as associações empresariais uma estratégia de desenvolvimento, baseada na inovação. Foi isso que garantiu o sucesso que vários sectores nacionais experimentam, desde a indústria têxtil à automóvel, afirmou.

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