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Estado criou 36 mil empregos em quatro anos

A criação de emprego no Estado mantém-se a um nível muito próximo do máximo, apesar de pouco ter evoluído em cadeia. A evolução recente é justificada com o programa de integração de precários. Apesar do descongelamento das progressões, o salário base cresce em média 1,2%.

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Em quatro anos, de junho de 2015 a junho de 2019, o Estado criou 35.732 mil empregos, quase metade dos quais durante o último ano, o que permitiu recuperar parcialmente a redução registada durante o programa de ajustamento. Face ao final de 2011, a quebra é ainda de 5,1%, ou de cerca de 37 mil empregos.

Segundo dados divulgados esta quarta-feira pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGEAP), no segundo trimestre deste ano o emprego público voltou a subir 2,3%, em termos homólogos, o que quase iguala o crescimento do primeiro trimestre, que foi o mais alto da série que começa em 2011.

A aceleração da criação de emprego no último ano, que apesar do abrandamento é ainda especialmente forte na administração local (4,8%), é justificada com o aumento de postos de trabalho nas carreiras gerais da administração pública, "na sequência do processo de regularização extraordinária de vínculos precários".



Contudo, os dados também mostram que apesar da expectativa de integração de precários, um processo que tem ficado marcado por sucessivos atrasos, face ao trimestre anterior a criação de emprego abrandou para 0,1% face ao trimestre anterior.

Salários base aumentam 1,2%

A evolução dos salários base da administração pública também acelerou um pouco, com a média a avançar 1,2% em termos homólogos, para 1.483 euros brutos em abril deste ano.

Trata-se "essencialmente" do efeito "da atualização do valor da remuneração base praticada no setor", que passou de 600 euros para 635,07 euros, "bem como do processo gradual de descongelamento de todas as carreiras", segundo a DGAEP. No caso dos operários ou assistentes operacionais, o salário base subiu 5% em média.

"Por outro lado, a carreira de pessoal de investigação científica apresentou uma variação negativa de 16,3% em resultado dos movimentos de entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios", ou seja, pela entrada de trabalhadores com salários mais baixos, justifica ainda a entidade titulada pelo Ministério das Finanças.

Se considerarmos o ganho médio, que também inclui suplementos, a subida foi de 1,5% em média, para 1.731 euros brutos.

O crescimento relativamente moderado dos salários médios é registado numa altura em que as carreiras são descongeladas, com o Governo a afirmar que quase 60% dos trabalhadores tiveram alguma subida salarial.

Em ocasiões anteriores o Ministério das Finanças justificou a evolução com a admissão de trabalhadores com salários mais baixos.

 

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