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Corrida às senhas na Segurança Social

A greve levou esta quinta-feira ao encerramento de vários serviços de Segurança Social. Mas há quem já esteja habituado a acordar às seis e meia para conseguir ser atendido. A senha “A” é a mais difícil de apanhar.

Bruno Simão/Negócios
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Por volta das onze da manhã a máquina da Loja do Cidadão de Odivelas já não dá senhas para o atendimento geral, para a acção social ou para a entrega de documentos na Segurança Social. Já só há senhas para a Tesouraria, onde se pagam contribuições e se devolvem prestações sociais. "Para receber dinheiro estão sempre disponíveis", comenta com acidez quem espera na fila.


Palmira Pina, 36 anos, despediu-se da Conforlimpa quando começou a ter salários em atraso e durante o período de desemprego veio regularmente a este serviço da Segurança Social. Esta quinta-feira, segundo explica, chegou por volta das 6h30 da manhã para tirar senha para um amigo. Não é a primeira vez, nem capricho de dia de greve, "porque a senha A" - a do do atendimento geral  - "é sempre difícil de apanhar". "É uma confusão para se conseguir", diz.


A corrida às senhas foi literal quando, 45 minutos depois, voltaram a ser disponibilizadas  aos poucos utentes que ainda esperavam. Mas com três a quatro dos cinco postos de atendimento a funcionar, um deles pela coordenadora, o serviço de Segurança Social da Loja do Cidadão de Odivelas não terá sido dos mais afectados pela greve desta quinta-feira.


De acordo com os sindicatos, houve vários serviços que encerraram. Segundo explicaram ao longo do dia, foi o que aconteceu nalguns serviços do Porto, Póvoa de Varzim, Paredes, Leiria, Viseu, Caldas da Rainha, Vila Franca de Xira ou Óbidos.


A greve, apoiada pelos sindicatos da CGTP e da UGT foi convocada contra o processo de "requalificação" em curso no Instituto da Segurança Social (ISS). O objectivo é dispensar 697 funcionários que não são considerados essenciais.


Os sindicatos anunciaram uma adesão entre os 70% e os 80%. Estimativas que não tiveram contraditório por parte do ISS, que ao longo do dia não prestou informação.

 

Na praça de Londres, em frente ao Ministério da Segurança Social estiveram, segundo a agência Lusa, centenas de pessoas, entre as quais se encontraram deputados da oposição. O Bloco de Esquerda contestou o facto de as pessoas estarem a ser chamadas para entrevistas de selecção no próprio dia da greve.

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