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Sondagem: OE deve dar prioridade aos serviços públicos

Se o Governo ainda tem muita pedra para partir na preparação do orçamento, os portugueses parecem ter já decidido que a aposta deve ser no reforço do investimento na saúde, educação e transportes, diz uma sondagem da Intercampus.

Bruno Colaço
02 de Dezembro de 2019 às 08:00
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Numa altura em que as negociações sobre o orçamento entram numa fase decisiva, tanto com a esquerda parlamentar como dentro do Governo, os portugueses parecem já ter decidido o que deve ser prioritário neste orçamento: investir nos serviços públicos.

Este é o resultado de uma sondagem realizada pela Intercampus para o Negócios e para a CMTV. Perante cinco possibilidades distintas, cerca de 46% dos inquiridos disseram que a prioridade deve ser "investir na saúde, educação e transportes". Em segundo lugar surge a redução de impostos para as famílias, uma opção escolhida por 25% dos inquiridos.

Muito atrás surge a subida de pensões e salários da Função Pública, que reuniu a preferência de 12% das pessoas questionadas. Finalmente a redução mais rápida da dívida pública e a descida de impostos para as empresas são consideradas prioritárias por apenas por respetivamente 7% e 4% dos inquiridos.

Os resultados desta sondagem vêm ao encontro do discurso de António Costa que tem dito que o investimento público e a saúde são duas grandes apostas para este orçamento. Já em relação aos impostos, o primeiro-ministro mostra-se pouco disponível para reduzir a carga fiscal, que, segundo esta sondagem, é desejado por três em cada 10 portugueses.

Só 13% acreditam que Costa faça melhor
Nas 604 entrevistas realizadas, a Intercampus quis também saber quais são as expectativas sobre o segundo governo de António Costa. Só uma minoria de 13% (um mês antes eram 15%) acredita que o novo executivo consiga governar melhor. Pelo contrário, cerca de 30% acham que fará um trabalho pior (contra 24% um mês antes). A grande maioria (48%) espera que o desempenho da equipa de António Costa seja idêntico ao do seu primeiro governo.

FICHA TÉCNICA

Objetivo: Sondagem realizada pela INTERCAMPUS para a CMTV e Jornal de Negócios, com o objetivo de conhecer a opinião dos Portugueses sobre diversos temas da política nacional, incluindo a intenção de voto em eleições legislativas.
Universo: População portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal Continental.
Amostra: A amostra é constituída por 604 entrevistas, com a seguinte distribuição proporcional por Sexo (288 homens e 316 mulheres), por idade (132 entre os 18 e os 34 anos; 219 entre os 35 e os 54 anos; e 253 com mais de 55 anos) e região (230 no Norte, 140 no Centro, 163 em Lisboa, 45 no Alentejo e 26 no Algarve).
Seleção da amostra: A seleção do lar fez-se através da geração aleatória de números de telefone fixo / móvel. No lar a seleção do respondente foi realizada através do método de quotas de género e idade (3 grupos). Foi elaborada uma matriz de quotas por Região (NUTSII), Género e Idade, com base nos dados do Recenseamento Eleitoral da População Portuguesa (31/12/2016) da Direção Geral da Administração Interna (DGAI).
Recolha da Informação: A informação foi recolhida através de entrevista telefónica, em total privacidade, através do sistema CATI. O questionário foi elaborado pela INTERCAMPUS e posteriormente aprovado pelo cliente. A INTERCAMPUS conta com uma equipa de profissionais experimentados que conhecem e respeitam as normas de qualidade da empresa. Estiveram envolvidos 17 entrevistadores, devidamente treinados para o efeito, sob a supervisão dos técnicos responsáveis pelo estudo. Os trabalhos de campo decorreram entre 20 e 26 de Novembro de 2019.
Margem de Erro: O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 4%. Taxa de Resposta: A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 66,2%.

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