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Parlamento aprova mais controlo do Fisco a quem aderiu a amnistias fiscais
O Bloco conseguiu ver aprovadas duas propostas para que o Fisco consiga ter mais informação sobre as amnistias fiscais e as transferências para offshore.
A Autoridade Tributária (AT) vai passar a dispôr da informação completa sobre os contribuintes que aderiram às amnistias fiscais de 2005, 2010 e 2012, acedendo aos dados que foram guardados pelo Banco de Portugal.
O parlamento aprovou nesta quarta-feira, dia 28 de Novembro, uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado (OE) para 2019 do Bloco de Esquerda.
A medida era bem vista pelos deputados socialistas, mas só na segunda-feira passada é que obteve o aval do Governo, conforme noticiou o Negócios.
Banco de Portugal tem de reportar todas as transferências para offshore
O Bloco aprovou ainda uma outra proposta, com os votos favoráveis do PSD, para que o Banco de Portugal disponibilize à Autoridade Tributária "toda a informação" sobre transferências para offshore que tenham sido reportadas até 31 de Dezembro de 2018.
Depois, o reporte de toda essa informação deve seguir para o Fisco durante o primeiro semestre do ano.
Na proposta de OE, o Governo já previa que o banco central disponibilizasse ao Fisco a informação dos bancos sobre as transferências que são feitas para as offshore. Esse reporte passará a ser feito todos os anos, até ao final de Março, começando em 2019.
A proposta do Bloco, e que foi aprovada, vem acrescentar a necessidade de a instituição liderada por Carlos Costa remeter ao Fisco toda a informação recebida até ao final deste ano.
O Banco de Portugal fica assim obrigado a partilhar informação com o Fisco, depois de ter invocado deveres de sigilo para recusar fazê-lo.