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Criação de emprego trava em 2018

Apesar da economia continuar a crescer no próximo ano, o mercado de trabalho vai perder dinamismo face a 2017.

Pedro Zenkl/Correio da Manhã
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O Executivo prevê que o emprego cresça 0,9% em 2018, o que deverá resultar numa criação líquida de emprego que equivale a cerca de um terço da que se registará em 2017, sabe o Negócios. Este deverá será o enquadramento presente no Orçamento do Estado para 2018, que o Executivo espera aprovar esta quinta-feira.

As projecções preliminares do Governo apontam para um crescimento do emprego de 2,7% este ano e de 0,9% em 2018.

Isto significa que no próximo ano deverá haver um aumento do emprego em termos líquidos, mas numa dimensão inferior à que está prevista para o conjunto de 2017.

Assim, tendo em conta os dados conhecidos até agora para o emprego (em contas nacionais, um critério mais alargado do que aquele que resulta do inquérito ao emprego), os cálculos do Executivo apontam para uma criação líquida de 125 mil postos de trabalho este ano, que baixa para cerca de 34 mil em 2018.   

A taxa de desemprego deverá passar de 9,2% para 8,6%, entre 2017 e 2018.

Este abrandamento acontece ao mesmo tempo que também a actividade económica abranda. O Executivo espera um aumento do PIB este ano de 2,6%, que passa para 2,2% em 2018.

Investimento de toda a economia cresce, mas menos

O crescimento da economia no próximo ano será praticamente todo apoiado na procura interna, com a procura externa a dar um contributo nulo para a economia.

Segundo o Negócios apurou, o consumo privado e o investimento perdem gás. A despesa das famílias deverá crescer perto de 2% e o investimento 5,9% em 2018. Isto depois de, para este ano, o Governo esperar um aumento do investimento total da economia de 7,7%. O Negócios noticiou esta quarta-feira que o investimento público deverá aumentar 16,4% entre 2017 e 2018, mas ainda assim vai manter-se a um nível inferior ao registado no último ano do governo de Passos Coelho.

Para as exportações está previsto um abrandamento, com as vendas para o exterior a passarem de 8,3% para 5,4%, de acordo com as informações recolhidas pelo Negócios. Esta perda de dinamismo será acompanhada de uma desaceleração das importações. 

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