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Troika chega a 27 de Janeiro

As equipas da troika iniciam em Lisboa uma nova avaliação à economia portuguesa a 27 de Janeiro. Os trabalhos deverão durar uma semana. A comissão vem também preparar um relatório sobre desequilíbrios macroeconómicos.

Miguel Baltazar/Negócios
11 de Janeiro de 2016 às 19:00
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As equipas da Comissão Europeia, FMI e BCE começarão a terceira avaliação pós programa no final do mês. Os trabalhos deverão iniciar-se a 27 de Janeiro e durarão cerca de uma semana. Será a primeira visita da troika após a tomada de posse de António Costa e servirá para avaliar a situação económica, orçamental e financeira do país.

Os planos orçamentais do Executivo, que por essa altura já terá enviado para Bruxelas o esboço orçamental, os desaires de final de ano na banca, e a recente sequência de reversões em medidas aprovadas nos tempos da troika marcarão parte importante da visita que, entre outros, incluirá encontros com os ministros das Finanças, Economia, Segurança Social e Trabalho.

As regras dos empréstimos europeus e do FMI implicam visitas semestrais ao país até que a maior parte da dívida esteja paga. A terceira avaliação esteve inicialmente agendada para Dezembro de 2015, mas como o Negócios avançou em Novembro o adiamento para Janeiro de 2016 tornou-se quase certo após os resultados das eleições de Outubro, que exigiram semanas de negociações políticas, e resultaram na formação de um governo do PS, apoiado no parlamento pelo partidos à esquerda.

As recomendações das equipas lideradas por Subir Lall (FMI) e Carlos Martínez Mongay (Comissão Europeia) serão agora contrapostas aos planos de um governo que, em várias frentes, desafia as políticas adoptadas nos últimos anos.

Na última avaliação pós-programa, publicada em Junho de 2015, a Comissão Europeia alertou para um menor esforço de ajustamento das contas publicas e para o nível moderado de implementação de reformas estruturais. O FMI também alinhou nas criticas avisando que a meta de défice de 2,7% do PIB não deveria ser cumprida, como efectivamente aconteceu.


Nos trabalhos da Comissão Europeia inclui-se também a avaliação e a recolha de dados ao abrigo das visitas previstas no chamado semestre europeu (o mecanismo de coordenação de políticas na Europa), e que servirão para fundamentar o relatório de análise aos desequilíbrios macroeconómicos que será publicado em Fevereiro.

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