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Schäuble foi dos mais cépticos mas também dos primeiros a reconhecer sucesso, diz Governo

O secretário de Estado das Finanças admitiu hoje que Wolfgang Schäuble deixa "uma marca indelével" no Eurogrupo, recordando que o ministro alemão foi dos mais cépticos quando o Governo português tomou posse, mas dos primeiros a saudar o seu trabalho.

Miguel Baltazar/Negócios
09 de Outubro de 2017 às 20:08
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No final da reunião que assinalou a despedida de Schäuble do fórum de ministros das Finanças da zona euro, Ricardo Mourinho Félix comentou que o futuro presidente do Bundestag "foi um dos ministros mais cépticos em relação àquilo que era a configuração do novo Governo português e a capacidade de promover uma continuação de consolidação orçamental e um crescimento inclusivo", mas "também foi dos primeiros a reconhecer que o Governo tinha feito esse trabalho e a saudar o Governo português por isso".

O secretário de Estado comentou ainda que Schäuble "teve um período muito longo no Eurogrupo, um período em que deixou uma marca indelével, é uma personagem incontornável do Eurogrupo e por isso foi saudado pela generalidade dos ministros das Finanças que estavam presentes" na reunião de hoje.

À entrada para a reunião, Wolfgang Schäuble apontou precisamente Portugal como "prova" do sucesso da política de estabilização do euro e uma ilustração de um "final feliz".

"Portugal é uma vez mais a prova de que a nossa política de estabilização do euro foi um sucesso, e de que fomos bem-sucedidos na defesa de um euro estável nos oito anos de crise do euro, contra algumas dúvidas", declarou o ainda ministro das Finanças alemão.

"Nesse sentido, é para mim um bom final, após um período de oito anos dos quais não me despeço com facilidade. Mas oito anos são o suficiente", concluiu Schäuble, que, na sequência das recentes eleições na Alemanha, vai passar a presidir ao Bundestag, o parlamento federal alemão.

Visto por muitos na Europa como rosto da ortodoxia e inflexibilidade de Berlim em matéria de finanças públicas, Schäuble, cujas posições foram particularmente duras durante a crise grega, por diversas vezes fez também reparos às opções orçamentais tomadas pelo Governo português.
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