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Paul Krugman: "Ponho o meu dinheiro num Grexit"

Paul Krugman diz ter ficado "chocado" com a ausência de planos alternativos do governo de Tsipras. Em entrevista à CNN, considera que o cenário mais provável é a saída da Grécia do euro. Em 2012, o economista chegou a dar um mês para ocorrer um "Grexit".

Bloomberg
Negócios 20 de Julho de 2015 às 13:14
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O economista norte-americano Paul Krugman diz que, se tivesse de apostar, poria o seu dinheiro num "Grexit", considerando que a saída da Grécia do euro é o cenário mais provável.

"Ou a Grécia recebe um enorme alívio da dívida, e isso não vai ter, ou terá de sair. A minha aposta é que a Grécia sairá do euro, num cenário ou noutro. É aí onde poria o meu dinheiro", afirma o economista em entrevista à CNN no domingo.


Se a Grécia sair "não será um acontecimento trivial" para os demais membros e, do ponto de vista económico, não será comparável ao efeito cascata provocado pela queda do banco de investimento Lehman Brothers que detonou a crise financeira de 2008. A saída da Grécia terá contudo "grandes implicações para o futuro do euro" em termos políticos. "Se o país sair, e, como é provável, começar a recuperar, pode até abrir um precedente para outros países", acrescenta.

O prémio nobel da Economia confessa ainda que "sobrestimou a competência do Governo grego", ao criticar a estratégia negocial de Alexis Tsipras, conduzida até há duas semanas pelo errático ministro das Finanças Yanis Varoufakis, dizendo que ninguém pode avançar para um confronto directo sem qualquer plano B. "Surpreendentemente, eles acreditaram que podiam simplesmente exigir melhores condições sem ter um plano alternativo", afirmou, referindo que sofreu um "choque" quando se apercebeu desse erro.

"Em qualquer caso, há pouca esperança. (…) As novas condições são ainda piores, mas as condições que lhes propunham (antes do referendo) também não iriam funcionar". Krugman apelou ao voto no "não" no referendo.

Em Maio de 2012, o economista chegou a dar um mês para que Atenas saísse do euro, tendo antecipado a probabilidade de Espanha e Itália se seguirem, o que seria o "fim do euro".

 

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