Notícia
Palma de Maiorca prepara-se para proibir arrendamentos a turistas
A cidade turística de Palma está a preparar uma proibição geral de arrendamentos de casas familiares a turistas, juntando-se a cidades como Barcelona e Berlim nas restrições a esta forma de negócio.
A braços com um aumento dos preços do imobiliário e escassez de oferta de casas para arrendar aos espanhóis, o município de Palma de Maiorca está a planear uma proibição geral ao arrendamento de casas a turistas já a partir deste verão. A notícia foi avançada pelo jornal El Pais, que reproduz declarações de responsáveis autárquicos da edilidade.
Segundo o jornal espanhol, o governo regional das Ilhas Baleares já está a estudar medidas que condicionem a oferta de alojamento local a turistas, mas o município de Palma prefere não esperar por elas e planeará agir por conta própria.
A pressa residirá no facto de o preço das rendas no mercado tradicional ter subido 7,5% no ano passado, para uma média de 11 euros o metro quadrado, o que afasta os espanhóis da ilha – inclusivamente trabalhadores sazonais no sector do turismo, que não encontram casas a preços acessíveis.
Os planos do governo regional passarão por regular a oferta de Airbnb e outras formas de oferta de alojamento local, permitindo-a em apenas algumas parte das ilhas, mas Plama de Maiorca admite decretar uma proibição geral em todo o seu território.
O El Pais cita um dos vereadores, Antoni Noguera, segundo o qual 90% das 3.191 casas para turistas que estão no mercado estão por licenciar.
Barcelona e Berlim com limitações
A concretizarem-se, as intenções de Palma de Maiorca são mais um passo no sentido de limitar a proliferação de oferta de alojamento local, um fenómeno exponencial que já levou cidades como Barcelona e Berlim a imporem restrições.
Por cá, e apesar das queixas sobre o aumento dos preços das rendas e do imobiliário, a colocação de imóveis no mercado de alojamento local é livre.
Ainda esta quarta-feira foi conhecida uma sentença do Supremo Tribunal de Justiça, que vem considerar que os condomínios não podem proibir um dos condóminos de arrendar os seus andares a turistas.
Segundo os juízes, o barulho, o desgaste nas zonas comuns e maior insegurança nos prédios, de que os vizinhos normalmente se queixam, pode até ser menor do que se fossem os próprios donos a ocuparem as suas casas de forma permanente.