Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Ministro das Finanças espera que crescimento acelere ao longo do ano

Depois de serem conhecidos os números do INE para o trimestre - uma ligeira revisão em alta do crescimento do PIB -, Mário Centeno disse ter a expectativa que ao longo do ano "essas taxas acelerem" para atingir os 1,8% previstos pelo Governo.

Mário Centeno - Finanças: O coordenador do programa eleitoral do PS, quadro do Banco de Portugal, onde foi vice-director de Departamento de Investigação, mantém a tradição de elevada notoriedade para os ministros das Finanças e é mesmo aquele de que os portugueses mais se lembram em primeiro lugar (22,6%). Colocando numa balança as notas que foram atribuídas na sondagem a este doutorado em Harvard, conclui-se que é considerado o melhor ministro (15,9%), embora também seja o segundo com pior avaliação (9,6%).
Bruno simão
31 de Maio de 2016 às 14:19
  • ...
O ministro das Finanças disse esta terça-feira, 31 de Maio, em Paris, que "a expectativa é que ao longo do ano de 2016" as taxas de crescimento da economia acelerem para concretizar "os desejos todos" e o que está escrito no Orçamento do Estado.

"É necessário ter confiança que conseguimos repor a economia em crescimento. Os 0,2% [de crescimento do PIB] do primeiro trimestre são iguais aos 0,2 do quarto trimestre. A expectativa é que ao longo do ano 2016 essas taxas acelerem e que consigamos materializar aquilo que são os desejos todos e também aquilo que está escrito no Orçamento do Estado", declarou Mário Centeno na sede da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), onde participa no fórum anual da instituição.

O titular da pasta das Finanças acrescentou que os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) publicados esta terça-feira revelam que "há uma necessidade de reforçar as expectativas para que o investimento se possa materializar", alertando que "a economia portuguesa sofre nesta fase de alguns eventos externos", como "as dificuldades sentidas em mercados específicos como Angola e Brasil nos últimos meses".

Esta manhã, em entrevista ao canal de negócios CNBC, o ministro disse que "a paciência é a essência para a recuperação económica", uma ideia que defendeu em declarações aos jornalistas portugueses em Paris, sublinhando que "a pressão económica e financeira sobre a Europa é muito grande" e que deve haver um alinhamento "na capacidade de esperar que elas [as medidas] surtam os seus efeitos".

"A paciência a que eu me referi é uma dimensão - até quase que de análise económica - em que nós trazemos um conjunto de reformas que foram feitas na economia portuguesa, um conjunto de alterações que estão a ser implementadas neste momento, para que todas as instituições envolvidas, concordando com as medidas, adicionem o tal factor de paciência que significa o tempo para que estas medidas se materializem em termos económicos", acrescentou o ministro.

O INE reviu hoje em alta o crescimento da economia no primeiro trimestre, com o Produto Interno Bruto (PIB) a crescer 0,9% em termos homólogos e 0,2% face ao trimestre anterior.

O INE divulgou hoje o destaque das Contas Nacionais Trimestrais relativas ao primeiro trimestre deste ano, depois de ter revelado, na estimativa rápida de 13 de maio, que a economia portuguesa cresceu 0,1% no primeiro trimestre deste ano face ao último trimestre de 2015 e avançou 0,8% em termos homólogos.

Apesar da revisão em alta, os números avançados significam que o crescimento da economia abrandou em termos homólogos, uma vez que entre Janeiro e Março do ano passado o PIB tinha aumentado 1,7%, estabilizando face aos últimos três meses de 2015, quando o PIB avançou igualmente 0,2%.

Mário Centeno participa esta terça e quarta-feira no Fórum da OCDE e na reunião ministerial do Conselho da organização na quarta-feira, no âmbito da Semana OCDE 2016, na qual também também estará presente o ministro da Economia Manuel Caldeira Cabral.

A Semana OCDE 2016 junta ministros, peritos internacionais e figuras destacadas do mundo académico e empresarial e da sociedade civil, estando no centro dos debates questões como fortalecer a produtividade e garantir que os benefícios do crescimento económico são partilhados por todos, nomeadamente pelos grupos mais afectados pela mudança nas tendências sociais e económicas -- migrantes, crianças e juventude, mulheres e idosos.

O Fórum da OCDE, subordinado ao tema Economias Produtivas, Sociedades Inclusivas, acolhe cerca de 80 debates, apresentações e outros eventos sobre temas que vão desde o futuro do trabalho à integração de migrantes, das cidades inclusivas à cibersegurança.
Ver comentários
Saber mais Orçamento do Estado Mário Centeno Europa política economia negócios e finanças macroeconomia finanças
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio