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Governo debate metas do défice "provavelmente" na próxima semana
O Governo deverá dedicar uma reunião do Conselho de Ministros exclusivamente ao défice e às metas orçamentais na próxima semana, disse a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques.
Segundo a análise à execução orçamental até Setembro da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), conhecida na quinta-feira ao final do dia, o défice em contas nacionais (as que contam para Bruxelas) deve ter ficado acima dos 3,7% do PIB entre Janeiro e Setembro deste ano, um valor acima da meta do anterior Governo para a totalidade do ano e dos 3% necessários para deixar o Procedimento por Défices Excessivos.
Questionada pelos jornalistas sobre esta análise, Maria Manuel Leitão Marques disse que, "dentro em breve, o Conselho de Ministros terá uma sessão apenas dedicada a essas questões", acrescentando que a reunião ocorrerá "provavelmente" para a próxima semana.
Assim, a evolução das contas públicas ficou de fora da reunião do Governo de hoje e, por isso, Maria Manuel Leitão Marques não respondeu às diferentes questões dos jornalistas sobre se em cima da mesa podem estar medidas extraordinárias de contenção orçamental ou se estes números comprometem o cenário do Governo para este ano e os próximos.
Ainda assim, a governante reiterou o compromisso que António Costa já tinha feito na passada quarta-feira, no parlamento: "O primeiro-ministro já manifestou a preocupação, a disposição e o compromisso de se empenhar para que as metas do défice sejam cumpridas, controlando a produção de receita e a realização de despesa até ao próximo orçamento".
Sobre a reunião da próxima semana, a ministra disse apenas que "o Governo está a trabalhar a alta velocidade" e que "todos os ministros estão a trabalhar. Tanto o ministro das Finanças, como os outros".
Maria Manuel Leitão Marques referiu que a redução da sobretaxa em sede de IRS (Imposto sobre o Rendimento das pessoas Singulares) no próximo ano e o calendário de apresentação do Orçamento do Estado para 2016 não estiveram em cima da mesa na discussão de hoje.