Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Finanças: "Portugal aproveitará os mecanismos disponíveis" fora do PDE

O Governo português sublinha que pretende aproveitar a flexibilidade existente nas regras europeias, mas não esclarece se isso será possível já em 2018.

Expresso noticia que Centeno foi 'sondado' para o Eurogrupo - Mário Centeno é, segundo o Expresso, um dos nomes falados para substituir o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem. Onze dias antes, o holandês tinha dito em entrevista que 'eu não posso gastar o meu dinheiro todo em aguardente e mulheres e pedir-lhe de seguida a sua ajuda', gerando uma enorme polémica e pedidos de demissão, entre os quais o de António Costa que classificara as declarações de 'xenófobas, racistas e sexistas'. O semanário cita uma fonte governamental anónima e acrescenta que o Governo considera que, 'para já', colocar Centeno na presidência do Eurogrupo 'não é uma prioridade'.
22 de Maio de 2017 às 22:50
  • ...

Estar fora do Procedimento dos Défices Excessivos (PDE) permite ter mais margem de manobra no esforço de consolidação orçamental, autorizando desvios relacionados com reformas e investimentos que respondam a dificuldades estruturais das economias. O Ministério das Finanças assume que tentará aproveitar essa flexibilidade, mas deixa em aberto como e quando.

 

"Ao sair do braço correctivo do procedimento por défice excessivo, Portugal encontra-se, agora, no braço preventivo, onde poderá ter acesso à cláusula de flexibilidade que permite valorizar investimentos públicos que suportem a competitividade e apoiem a implementação de reformas estruturais", refere fonte oficial das Finanças, em resposta ao Negócios. "Como tem sido norma, e em diálogo com a Comissão Europeia, Portugal aproveitará os mecanismos disponíveis."

 

Algo semelhante já tinha sido dito por Mário Centeno esta manhã em Bruxelas, dando a entender que a saída do PDE permitirá tomar medidas que, de outra forma, não poderiam ser financiadas.

 

No entanto, para já, ainda nada foi dito sobre o timing em que esta flexibilização poderá ocorrer - algo que o Negócios também perguntou - ou em que áreas o Governo pretende actuar.


Segundo as regras das cláusulas de excepção da Comissão Europeia, é bastante duvidoso que Portugal consiga aproveitar essa margem orçamental adicional já em 2018, uma vez que precisa de respeitar uma distância de segurança face ao seu objectivo de médio prazo. Distância essa que, de acordo com as estimativas do Governo, é cumprida, mas não segundo as previsões de Bruxelas.

Ver comentários
Saber mais Comissão Europeia Procedimento dos Défices Excessivos Ministério das Finanças Bruxelas Portugal Governo política orçamento Mário Centeno
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio