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Ex-presidentes da CIP "repudiam" sucessor por assinar manifesto dos 70

Quatro antigos dirigentes da confederação patronal acusam António Saraiva de ter prejudicado os interesses das empresas portuguesas quando se juntou, envolvendo o nome da CIP, ao manifesto que pede a reestruturação da divida portuguesa. Carta de repúdio foi divulgada no "Expresso".

Negócios 22 de Março de 2014 às 15:07
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António Vasco de Mello, Francisco van Zeller, José Manuel Morais Cabral e Pedro Ferraz da Costa, quatro antigos dirigentes da maior confederação patronal portuguesa, a CIP, demarcam-se e repudiam a atitude de António Saraiva (na foto), seu actual presidente,  por ter assinado, envolvendo a instituição a que preside, o recente manifesto a defender a restruturação da dívida pública portuguesa impulsionado por João Cravinho e Bagão Félix. 

 

Em carta conjunta publicada neste sábado pelo "Expresso", os ex-dirigentes da confederação patronal que não poupam nas críticas a Saraiva.

 

"Os Fundadores e ex-Presidentes da CIP, são legítimos defensores da memória histórica da CIP, desde a sua fundação no Verão de 74 até aos dias de hoje. Os combates, que travaram, na CIP, por um Portugal onde as empresas fossem reconhecidas, incentivadas e respeitadas, como um agente de mudança e da modernização estrutural do País, obriga-nos a vir, publicamente, repudiar a atitude do actual Presidente da CIP ao envolver-se e assinar um Manifesto que não defende, e prejudica, os interesses permanentes de Portugal", escrevem.

 

"Um Presidente da CIP, que a título pessoal assina por uma Instituição, fere o Património Histórico que deve respeitar, e cujo lema é, como sempre foi, a defesa intransigente da Iniciativa Privada. Ao subscrever o Manifesto, o Presidente da CIP, pôs em causa esse desígnio fundador, na ausência de consideração dos interesses globais da economia portuguesa", acrescentam.

 

"Mais do que nunca a CIP tem de ser uma voz credível, respeitada e ouvida no que importa à saída de Portugal do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro e ao futuro da economia portuguesa. Não podem, os signatários, deixar de lamentar a atitude tomada e demarcam-se, publicamente, da falta de respeito com a Instituição a que dedicaram grande parte da sua vida pessoal e profissional", concluem.

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