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Ex-ministro das Finanças antecipa dívida abaixo de 99% em 2023 com revisão em alta do PIB

Fernando Medina diz que, quando forem conhecidos os dados mais detalhados do crescimento do produto interno bruto, o rácio da dívida pública deverá ser revisto em baixa para menos de 99%.

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O peso da dívida na economia portuguesa poderá ter sido ainda mais baixo, segundo espera Fernando Medina. O ex-ministro das Finanças indicou, no Parlamento onde esteve a ser ouvido sobre a "operação especial" para levar o rácio do endividamento para menos de 100%, que o país poderá ter crescimento do produto interno bruto (PIB) no ano passado maior do que indiciam os primeiros dados, levando a uma revisão em baixa do rácio da dívida.

"Fiquem atentos a 20 de setembro de 2024 e aos novos dados sobre o PIB em 2023. Não se espantem se tiverem a notícia de que o PIB for revisto em alta e a dívida ficar abaixo de 99%. Nessa altura muitos deputados ficarão tristes, eu ficarei feliz e o país ficará muito, muito feliz", afirmou Fernando Medina, na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública.

Essa é a altura em que serão divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) as contas nacionais, com dados mais detalhados do PIB. Os números atualmente conhecidos apontam para que a economia portuguesa tenha crescido 2,3% em termos reais no ano passado. Já em termos nominais foram 265.503 milhões de euros criados pelo país. É este o valor usado para calcular o rácio da dívida pública, que terá ficado em 99,1% do PIB em 2023.

Medina foi acusado pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) de ter descido "artificialmente" a dívida pública para conseguir que o rácio ficasse abaixo da barreira dos 100%. Esta terça-feira o ex-ministro rejeitou a ideia e criticou a análise desta entidade. E indicou que o valor será até mais baixo do que o que se pensa atualmente. "O rácio tenderá a baixar com os dados definitivos do PIB", disse.
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