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Ex-Goldman diz ter 8% do PIB para comprar malparado da banca portuguesa

Chama-se António Esteves, trabalhou em vários bancos internacionais, foi partner do Goldman Sachs, e diz ter o apoio de um grande banco, da consultora Deloitte e da Vieira de Almeida para comprar o mal parado em Portugal, avança o Público.

Negócios 25 de Janeiro de 2017 às 09:27
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O Governo e o Banco de Portugal receberam uma proposta de 15 mil milhões de euros, cerca de 8% do PIB nacional, para comprar o malparado no sistema bancário português, avança o Público que coloca em cerca de 30 mil milhões o volume total de crédito malparado no balanço dos bancos nacionais, metade do qual já estará provisionado.

A proposta chega de António Esteves, que deixou o Goldman Sachs em Abril após 8 anos no banco norte-americano, que garante ter um cheque pronto com o suporte de um grande banco internacional que não revela e um plano traçado com o apoio da consultora Deloitte e do escritório de advogados Vieira de Almeida.

Sem revelar pormenores, o investidor garante ao Público que a proposta reúne duas condições centrais para ter sucesso: compra o malparado aos bancos pelo valor que têm em balanço, pelo que não teriam de assumir essas perdas, nem por isso ser recapitalizados; e exige uma garantia pública sobre títulos a serem emitidos em mercado, o que poderia passar pelo crivo europeu das ajudas de Estado.

"Entregámos uma proposta fechada e totalmente de mercado, sem ónus para o sector", afirma ao Público, não clarificando exactamente o que está em cima da mesa. António Esteves fala da existência de títulos emitidos com garantia pública, de uma solução "privada e altamente flexível", que prevê também "contribuições para fundos de recapitalizações de pequenas e médias empresas, ou transformação de dívida em capital.

Dos 15 mil milhões de euros de crédito malparado não provisionado, 4.250 estarão no Novo Banco, 4.000 na CGD, 3.250 na BCP e dois mil milhões no Montepio, escreve o jornal diário, que admite que o valor de mercado possa ser de apenas metade, ou seja, 7.500 milhões de euros.

Não é claro como é que uma proposta que alivia os bancos do crédito malparado sem perdas passará pelas regras de concorrência europeias que limitam as ajudas de Estado.
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