Notícia
É possível negociar com a UE mais gastos para salários da Função Pública, diz Teodora Cardoso
A economista e ex-presidente do Conselho das Finanças Públicas garante que é possível negociar com a Comissão Europeia um alívio na regra de despesa, para gastar mais com os salários da função pública.
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23 de Novembro de 2019 às 21:00
Teodora Cardoso não tem dúvidas: é possível negociar com Bruxelas um alívio da regra de despesa, para dar melhores salários à função pública. Porém, o objetivo não pode ser aumentar todos por igual, é preciso mais seletividade, progressão na carreira e uma reforma generalizada, explica. A sugestão foi deixada em entrevista ao Negócios e Antena 1, no programa Conversa Capital.
"Nas carreiras específicas – é o caso dos professores, dos médicos, dos enfermeiros, das forças de segurança – durante muito tempo houve um sistema bastante liberal porque não havia restrições orçamentais. Mas à medida que essas restrições se vão pondo, e as exigências dessas carreiras são cada vez maiores, o problema é repensar tudo isto," começa por explicar.
A economista e ex-presidente do Conselho das Finanças Públicas defende uma reforma generalizada na Administração Pública, que permita investir mais nos recursos humanos. Avisa que será mesmo preciso assumir custos orçamentais para resolver o problema.
Ora, agora é preciso reformar as administrações públicas, mas esse é um processo que terá de implicar custos, se se quiser um Estado preparado para os desafios atuais. "É um problema complicado, não é possível resolvê-lo sem aumento de custos, mas não é para aumentar igual para toda a gente. Tem de haver muito mais seletividade, progressão de carreiras, e acabar com a regra de por cada três que saem, entram dois ou 1 – e depois entra o que calha," defende.
Esse aumento de custos, garante, pode ser negociado com a Comissão Europeia e ser considerado um investimento em recursos humanos. "Estou convencida de que é possível negociar isto com a União Europeia," afirma.
"Nas carreiras específicas – é o caso dos professores, dos médicos, dos enfermeiros, das forças de segurança – durante muito tempo houve um sistema bastante liberal porque não havia restrições orçamentais. Mas à medida que essas restrições se vão pondo, e as exigências dessas carreiras são cada vez maiores, o problema é repensar tudo isto," começa por explicar.
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Ora, agora é preciso reformar as administrações públicas, mas esse é um processo que terá de implicar custos, se se quiser um Estado preparado para os desafios atuais. "É um problema complicado, não é possível resolvê-lo sem aumento de custos, mas não é para aumentar igual para toda a gente. Tem de haver muito mais seletividade, progressão de carreiras, e acabar com a regra de por cada três que saem, entram dois ou 1 – e depois entra o que calha," defende.
Esse aumento de custos, garante, pode ser negociado com a Comissão Europeia e ser considerado um investimento em recursos humanos. "Estou convencida de que é possível negociar isto com a União Europeia," afirma.