Notícia
Dívida pública até Junho revista em alta em mais de 1,6 mil milhões
O valor da dívida pública até Junho foi revisto em alta. Atingiu os 227 mil milhões de euros, mais 1,6 mil milhões do que o valor divulgado anteriormente. Em percentagem do PIB manteve-se nos 128,7%.
Negócios
01 de Outubro de 2015 às 12:10
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A dívida pública no final de Junho foi de 227 mil milhões de euros, 128,7% do PIB, de acordo com a nota divulgada esta quinta-feira, 1 de Outubro, pelo Banco de Portugal, que revê em alta os valores anteriormente divulgados em cerca de 1,6 mil milhões de euros.
A revisão decorre de uma alteração metodológica no registo da dívida, o que explica que tenham também sido alterados os valores de dívida de anos anteriores. O endividamento de 2014 incorpora agora mais 500 milhões de dívida pública do que reportado até agora, para um total de 225,8 mil milhões de euros. Este é o valor da dívida na óptica de Maastrich, isto é, a relevante para análise de Bruxelas e para a notificação do Procedimento dos Défices Excessivos.
O aumento do valor nominal da dívida pública não teve no entanto impacto no seu peso no PIB, isto porque este agregado que mede o rendimento total da economia também foi revisto em alta. "A dívida pública em percentagem do PIB manteve-se em 130,2 por cento, por via da revisão do PIB no mesmo sentido", esclarece o Banco de Portugal na nota estatística.
A revisão da dívida deveu-se à inclusão de valores referentes às contrapartidas das contas margem recebidas pelas administrações públicas, no âmbito de derivados para cobertura de risco de taxa de juro e cambial. As contas margem correspondem aos montantes que são entregues às administrações públicas como colateral para fazer face a perdas potenciais dos contratos. Estes activos também são registados do lado dos depósitos da administrações públicas (no fundo o património líquido do Estado fica inalterado com um registo simultâneo nos depósitos e na dívida), mas até agora não estavam reflectidos no stock de endividamento público. O PIB de 2013 e 2014 foi revisto em alta pelo INE no final de Setembro.
"Estas revisões [da dívida] refletem, sobretudo, a inclusão dos montantes associados às contrapartidas das contas margem recebidas pelas administrações públicas, no âmbito de derivados financeiros para cobertura de risco de taxa de juro e cambial", escreve o Banco de Portugal, que acrescenta que "as contas margem originam registos no balanço das administrações públicas tanto no ativo (pelos depósitos) como no passivo (pelos empréstimos), sendo neutros em termos do património líquido deste sector. Assim, estes valores têm como consequência o aumento da dívida pública, dado que este agregado é avaliado em termos de passivos brutos, de acordo com as regras do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais na União Europeia (SEC 2010)".
O Banco de Portugal esclarece, por outro lado, que foram também incorporadas na dívida pública "alterações decorrentes da actualização da lista de entidades das administrações públicas e das fontes de informação de base utilizadas na preparação da notificação do Procedimento dos Défices Excessivos de Setembro de 2015".
(Notícia actualizada com mais informações às 17h13 precisando que só a revisão em alta da dívida se deve aos derivados financeiros)
A revisão decorre de uma alteração metodológica no registo da dívida, o que explica que tenham também sido alterados os valores de dívida de anos anteriores. O endividamento de 2014 incorpora agora mais 500 milhões de dívida pública do que reportado até agora, para um total de 225,8 mil milhões de euros. Este é o valor da dívida na óptica de Maastrich, isto é, a relevante para análise de Bruxelas e para a notificação do Procedimento dos Défices Excessivos.
A revisão da dívida deveu-se à inclusão de valores referentes às contrapartidas das contas margem recebidas pelas administrações públicas, no âmbito de derivados para cobertura de risco de taxa de juro e cambial. As contas margem correspondem aos montantes que são entregues às administrações públicas como colateral para fazer face a perdas potenciais dos contratos. Estes activos também são registados do lado dos depósitos da administrações públicas (no fundo o património líquido do Estado fica inalterado com um registo simultâneo nos depósitos e na dívida), mas até agora não estavam reflectidos no stock de endividamento público. O PIB de 2013 e 2014 foi revisto em alta pelo INE no final de Setembro.
"Estas revisões [da dívida] refletem, sobretudo, a inclusão dos montantes associados às contrapartidas das contas margem recebidas pelas administrações públicas, no âmbito de derivados financeiros para cobertura de risco de taxa de juro e cambial", escreve o Banco de Portugal, que acrescenta que "as contas margem originam registos no balanço das administrações públicas tanto no ativo (pelos depósitos) como no passivo (pelos empréstimos), sendo neutros em termos do património líquido deste sector. Assim, estes valores têm como consequência o aumento da dívida pública, dado que este agregado é avaliado em termos de passivos brutos, de acordo com as regras do Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais na União Europeia (SEC 2010)".
O Banco de Portugal esclarece, por outro lado, que foram também incorporadas na dívida pública "alterações decorrentes da actualização da lista de entidades das administrações públicas e das fontes de informação de base utilizadas na preparação da notificação do Procedimento dos Défices Excessivos de Setembro de 2015".
(Notícia actualizada com mais informações às 17h13 precisando que só a revisão em alta da dívida se deve aos derivados financeiros)
