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Dívida pública registou em Setembro a maior queda do ano

O reembolso de títulos levou a dívida pública para baixo dos 250 mil milhões de euros, registando a maior queda mensal desde Novembro do ano passado.

02 de Novembro de 2017 às 11:22
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A dívida pública situou-se em 249,1 mil milhões de euros no mês de Setembro, o que representa uma queda de 1.247 milhões de euros face a Agosto.

 

De acordo com os dados do Banco de Portugal, a descida de Setembro face ao mês anterior foi a maior desde Novembro do ano passado, mês em que recuou 1.324 milhões de euros.

 

Foi também a primeira queda mensal desde Maio, colocando fim a uma série de agravamentos que levou o endividamento a atingir um máximo de sempre acima dos 250 mil milhões de euros. Comparando com Setembro do ano passado, o endividamento aumentou 4.786 milhões de euros.

 

O Banco de Portugal justifica a descida da dívida pública com "amortizações líquidas de títulos de 1,4 mil milhões de euros".

 

Quanto à dívida pública líquida de depósitos das administrações públicas, registou um decréscimo de 1,2 mil milhões de euros em relação ao mês anterior, totalizando 221,6 mil milhões de euros.

 

Apesar de os dados serem referentes ao final do terceiro trimestre, o Banco de Portugal não revela ainda o peso da dívida na economia, uma vez que não é ainda conhecido o valor do PIB no terceiro trimestre.

 

Os dados referentes ao segundo trimestre mostram que o endividamento correspondia a 132,1% do PIB. Dado que em Junho a dívida situava-se em níveis semelhantes aos de Setembro, nos 249,03 mil milhões de euros, é expectável que o rácio da dívida sobre o PIB tenha diminuído no terceiro trimestre.

 

Para Outubro está projectada uma queda mais acentuada na dívida pública, devido aos reembolsos efectuados ao FMI e reembolsos de obrigações de elevado montante.

 

Houve uma amortização de seis mil milhões de euros a 16 de Outubro. Segundo o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, o pagamento dessa Obrigação do Tesouro (lançada em 2007) fará com que a dívida dê "um trambolhão". A afirmação foi feita numa entrevista ao Eco, em que o governante abriu a porta a outros pagamentos antecipados ao FMI no valor de mil milhões de euros.

Esses sete mil milhões representam mais de 3,5% do PIB previsto para a totalidade do ano, devendo ser um importante empurrão para a queda do endividamento público. "Estamos a conseguir reduzir o défice e vamos começar a reduzir a dívida a partir de Outubro", prometeu António Costa em meados de Setembro.

 

 

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